6 plantas perigosas que você não quer conhecer de perto (mundo) e 8 Brasileiras

6 plantas perigosas que você não quer conhecer de perto

 16 de setembro de 2013


Todo mundo já sabe que se deve pensar duas vezes antes de fazer cafuné em um bichinho selvagem – mesmo naqueles com carinha de bom moço. Mas seu sentido-aranha dificilmente o alertaria para a dimensão dos perigos que podem estar escondidos em meio a folhinhas verdes. Melhor recalibrar seus instintos, colega. Conheça 6 plantas perigosas que você não vai querer conhecer de perto:
1. Gympie ferrão (Dendrocnide moroides)
A árvore australiana Dendrocnide moroides (também conhecida como gympie ferrão) não é o tipo de plantinha que você quer ter no jardim. Em suas folhagens aparentemente inofensivas está uma das toxinas mais nocivas já identificadas, o que faz com que seja considerada uma das árvores mais perigosas do mundo. As primeiras histórias a respeito da planta datam de 1866: naquele ano, o topógrafo A.C. Macmillan relatou que seu cavalo topou com a planta, enlouqueceu e morreu duas horas depois. Pesquisas mais recentes apontam que é bem provável que ele não tenha aumentado nenhum ponto nesse conto. Para se ter uma ideia, o contato com a toxina (cujo efeito pode perdurar meses) pode fazer com que até mesmo pessoas saudáveis entrem em choque anafilático imediato. Nas palavras da pesquisadora Marina Hurley: é como sofrer queimaduras ácidas e ser eletrocutado ao mesmo tempo. Ai. Melhor manter distância.
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2. Heracleum mantegazzianum
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Maria Graham e seu marido Keith Cooper estavam fazendo uma caminhada no litoral britânico neste mês de setembro quando ela avistou uma planta que pensou que combinaria com seu jardim. Keith foi na frente conferir de perto a robusta vegetação – e se deu mal. A planta bonitinha era a gigante Heracleum mantegazzianum, nativa da região do Caucaso e da Ásia e presente também na América do Norte e em parte da Europa. Quem entra em contato com sua seiva demora a esquecer: ela contém toxinas fotossensibilizadoras que, em contato com a luz solar, provocam uma grave urticária e bolhas que se espalham pela pele afetada em 48 horas. E fica pior: a hipersensibilidade aos raios ultravioletas não é só momentânea. No caso de Keith, a recomendação médica é que ele proteja a área afetada por pelo menos 7 anos.

3. Beladona (Atropa belladonna)
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Você provavelmente não vai avistar essa plantinha em locais ensolarados – encontrada na Europa, norte da África e Ásia, a beladona prefere se esgueirar por lugares sombrios. Apropriado. Não se deixe enganar pelas simpáticas flores púrpuras: trata-se de uma das plantas mais tóxicas do hemisfério oriental, e a ingestão de uma única folha pode provocar a morte de um adulto. Quem escapa da morte também passa por maus bocados: os sintomas do envenenamento incluem sensibilidade à luz, taquicardia, perda de equilíbrio, dor de cabeça, erupção cutânea, boca e gargantas secas, fala atrapalhada, confusão, alucinações, delírio e convulsões.

4. Acônito (Aconitum variegatum)
Os germanos e os gauleses já estavam ligados nos perigos acobertados pelas belas flores azuis do acônito: na antiguidade, eles usavam o veneno desta planta na pontas de suas flechas. Se o golpe não fosse letal, o veneno podia ser fatal. Apenas 10g da raiz podem provocar a morte de um adulto. Os primeiros sintomas de envenenamento não demoram a aparecer: náuseas, vômito, diarréia. Depois, só piora – sensação de queimação, dormência na boca e rosto, hipotensão, arritmia, parada cardíaca. Hanna MacKay aprova.

5.  Mancenilheira (Hippomane mancinella)
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O seu tronco costuma estampar um X vermelho, para alertar do perigo desta planta cujos frutos foram apelidados como “maçãs da morte”. Não tenha dúvidas: se avistar uma mancenilheira – que cresce na Flórida, nas Bahamas, Caribe e América Central – é melhor dar meia volta. Todas as partes da robusta árvore possuem substâncias altamente tóxicas, algumas delas ainda não identificadas. Um desavisado que tentar se proteger da chuva de baixo de sua folhagem se arrependeria amargamente da escolha: até contato leve com a planta provoca severa reação alérgica, urticária e formação de bolhas. Doloroso.

6. Ongaonga (Urtica ferox)
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Só de bater o olho já dá para desconfiar: a ongaonga, como é conhecida popularmente esta planta natural da Nova Zelândia, possui uma série de longos pelos urticantes, que – como agulhas – injetam substâncias tóxicas em quem nela esbarrar. E a sensação deste encontro está longe de ser agradável: além de dor e dormência imediatas, o que vem em seguida são fortes dores abdominais, desorientação, problemas respiratórios, comprometimento das funções motoras e câimbras. Em 1961, o encontro com a ongaonga foi responsável por pela morte de um homem que havia sido múltiplas vezes “picado” por seus pelos. É a única ocorrência fatal registrada, mas não faltam casos de pessoas que sentiram os efeitos das toxinas, que geralmente duram até seis dias.


Conheça 8 plantas comuns no Brasil que são tóxicas

 7 de agosto de 2013
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Algumas plantas são bonitas para ornamentar o jardim de casa, mas também podem ser motivo de preocupação. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos e que 80% deles são acidentais.
Como se prevenir?O Sinitox elenca algumas dicas para evitar problemas com plantas:
- Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças;
- Conheça as plantas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características;
- Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos;
- Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica;
- Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas;
- Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos;
- Quando estiver lidando com plantas venenosas utilize luvas e lave bem as mãos após a atividade;
- Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.
Conheça algumas plantas tóxicas
1. Tinhorão
Todas as partes da planta são tóxicas. Os sintomas após ingestão ou contato são sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Família: Araceae.
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nomes populares: tajá, taiá, caládio.
2. Comigo-ninguém-pode
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Todas as partes da planta são tóxicas. Causa sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Família: Araceae.
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga-do-Pará.
3. Copo de leite (primeira imagem)
Todas as partes da planta são tóxicas. Ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Família: Araceae.
Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.

4. Avelós
Todas as partes da planta são tóxicas. A seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nomes populares: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.
5. Saia branca
Saia-branca okTodas as partes da planta são tóxicas. Pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia. Nos casos mais graves pode levar à morte.
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.
6. Chapéu-de-NapoleãoTodas as partes da planta são tóxicas. A ingestão ou o contato com o látex pode causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar à morte.
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.
7. Coroa de cristo
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Todas as partes da planta são tóxicas. A seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
8. Pinhão-roxoAs folhas e frutos são tóxicas. Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca.
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo.
Veja outras plantas tóxicas no site do SINITOX.
Imagens: Wikimedia Commons

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