OS PERIGOS DO PAU DE SELFIE

Pau de selfie pode ser usado para levar vírus ao smartphone

Por Leonardo Pereira - em 31/03/2015 às 16h01


(Foto: Reprodução)

Se você é daqueles que não sai mais de casa sem o pau de selfie, precisa tomar cuidado quando quiser usá-lo em locais desconhecidos, pois o dispositivo pode levar problemas ao seu smartphone (ou tablet).

Em alguns modelos a câmera é acionada através de um fio que conecta o pau de selfie ao aparelho pela entrada do fone de ouvido, mas em outros essa conexão é feita via Bluetooth. E é aí que mora o perigo.

O especialista em segurança da informação Nelson Barbosa, da Symantec, explicou ao Olhar Digital que o dispositivo, sozinho, não oferece riscos ao usuário. O problema é que ele pode ser usado para carregar ameaças ao smartphone, um problema já conhecido de quem usa fones de ouvido e aparelhos de som automotivo sem fio.

No Brasil, houve um tempo em que se tornou comum fazer uma brincadeira que explorava essa brecha em lojas de artigos eletrônicos: ao encontrar um tocador de som com Bluetooth, a pessoa alterava a música (geralmente para um funk com letra obscena) e aumentava o volume. Só que quando o assunto é smartphone o problema fica mais sério.

"Quando surge a necessidade de abrir o Bluetooth sem uma autenticação, a gente corre o risco de receber uma mensagem que contenha algum arquivo malicioso", alerta Barbosa. No caso do pau de selfie, o hacker manda a mensagem comprometida para lá e o dispositivo se encarrega de transmiti-la ao smartphone. Existe até um termo que tipifica esse tipo de golpe, conhecido como "bluejacking".

Felizmente, há formas de evitar a dor de cabeça. O primeiro passo seria dar preferência a modelos com fio, mas o único pau de selfie homologado no Brasil depende de Bluetooth. Então, já que vai abrir a conexão, o usuário pode ao menos exigir senha para que ela se estabeleça de forma segura, evitando que qualquer um possa enviar arquivos sem permissão.

Além disso, sempre desative o Bluetooth quando não estiver usando, o que reduz as chances de perigo, e procure adotar uma solução de segurança capaz de monitorar as solicitações que chegarem ao aparelho.
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