CURANDO PELAS VIDAS PASSADAS

CURANDO PELAS VIDAS PASSADAS

quinta-feira, 28 de maio de 2015


A psicóloga clínica norte-americana Edith Fiore é considerada um dos nomes mais conceituados mundialmente na área da terapia das vidas passadas(TVP), tendo já realizado inúmeras regressões. ocasião em que concedeu a entrevista coletiva que condensamos a seguir.

Dra Edith Fiore é uma psicóloga americana que trabalha na área da regressão:
Há quanto tempo trabalha nessa
área?
Sou psicóloga há quinze anos e já fiz aproximadamente vinte mil regressões individuais; também trabalhei na liberação de algumas dezenas de centenas de entidades espirituais presas à Terra que, em vez de entrarem nos mundos dos espíritos, continuaram aqui. Eles se aproximam de pessoas e transmitem seus próprios problemas mentais, emocionais e físicos. A maioria de meus pacientes sofre de obsessão múltipla.

Esse tipo de obsessão é parasitária?

Somos espíritos habitando um corpo, e quando a obsessão ocorre temos ainda outro na nossa aura. (*)

Como é que chegou a fazer esse tipo de trabalho?


Fazia psicoterapia tradicional, mas não estava contente com os resultados que eu e meus colegas obtínhamos. Acreditava que os problemas se originavam na mente subconsciente; então aprendi hipnose para ir diretamente ao foco desses problemas e usei as técnicas de regressão para voltar atrás no tempo e descobrir a causa dos problemas.

Após ver alguns pacientes reviverem vidas passadas, deliberadamente passei a usar a técnica. Não acreditava na reencarnação de jeito algum, e fiquei surpresa quando pacientes se viam em outros séculos, lembrando ou revivendo experiências traumáticas. Naturalmente, pensei que fossem fantasias que eles criavam; contudo, fiquei surpresa e até chocada quando essas mesmas pessoas tiveram l00% de alívio de sintomas havia muito estabelecidos e que outras terapias não tinham curado.

Falar sobre problemas de outra vida cura a pessoa?

Nunca descobri o que é que causa a cura, mas, aparentemente, a pessoa precisa se lembrar para se libertar do problema.

Lembrar ou reviver?

Não é preciso reviver — só lembrar. Isso não significa, como Freud pensava, tornar o subconsciente consciente. Um dos clientes se curou de uma fobia de falar em público sem se lembrar do evento traumatizante. Falou de cinco ou seis acontecimentos daquela vida passada que aparentemente não eram relevantes e que focalizavam uma bronquite crônica.

Na ocasião eu não sabia que ele tinha a fobia de falar em público, mas, depois da regressão, ele disse que se curara dela. Aí resolvi fazer uma regressão com ele por conta da ciência, para ver o que estava acontecendo. O paciente então se viu numa sala de julgamento. Falava e era o centro das atenções, mas todo mundo atacava-o, até fisicamente.

Por fim, quase morto, levaram-no de volta à cela. Essa regressão foi feita depois que ele estava curado do medo de falar em público. Não se pode dizer, então, que todos os corvos são negros, se encontramos um branco.

O paciente se lembra dos fatos narrados nas regressões?

Eles ficam conscientes o tempo todo. Quando estão em transe hipnótico, não perdem a consciência, não estão dormindo nem ficam anestesiados. É um simples relaxamento. Esse estado facilita a capacidade de se lembrar.

Algumas pessoas entram em transe profundo e revivem o acontecimento. Essas têm pouca consciência do aqui e agora. Outros ficam em transe leve. Não revivem, apenas relembram, como o que comeram ontem. Não é necessário um transe profundo para se lembrar de um fato reprimido.

Não seriam simples fantasias?

Não estou completamente convencida de que sejam memórias de vidas passadas, mas não tenho outra explicação lógica para as curas. As pesquisas feitas por outros também parecem provar que essas lembranças são de fatos que ocorreram.

Mas sou uma psicóloga clínica, trabalho com psicoterapia e não com pesquisas. O que descobri é que essa técnica funciona onde outras falham,e diversos dos que me procuram já tentaram outros tratamentos psicoterápicos ou médicos que não deram bons resultados.

Muitos não acreditam na reencarnação, mas ouviram dizer que funciona. No início eu tinha muitos pacientes que não acreditavam, mas os resultados eram satisfatórios. Tento conservar a mente aberta. Não sou nem crente nem descrente, mas se eu tivesse que ser classificada diria que a reencarnação existe.

Quantas sessões são necessárias?

De cinco até dez sessões, porque raramente ocorre uma cura numa única sessão. Em alguns casos, não importa o número de sessões — a pessoa nunca se cura. Apesar do paciente dizer que quer se lembrar, inconscientemente não permite que as lembranças aflorem. Esses são os que não se curam, mas não aparecem com muita frequência.

Já curou pessoas que eram tidas como loucas?

Algumas eu não fui capaz de ajudar; só tive sucesso com os casos limítrofes. O problema do esquizofrênico é a dispersão de atenção, e para a hipnose é preciso concentrar. Em geral meus pacientes são neuróticos.

Todos já fomos de ambos os sexos, de diferentes cores e raças, e fomos bonzinhos e mauzinhos”

Quantas pessoas já se curaram por este tipo de tratamento?

Se a pessoa faz o tratamento direitinho, cerca de 90% mas muitas não voltam porque não é a cura milagrosa que esperavam em uma única sessão.

Todas têm vidas passadas?

Todos temos centenas de vidas passadas; já fomos de ambos os sexos, de diferentes cores e raças, e fomos bonzinhos e mauzinhos. Tive uma vida passada como curadora no Egito e outra na civilização maia.

Também tive um flashback de uma vida onde fui epilética. Depois desse flashback passei a dormir de costas, coisa que antes não conseguia. A razão disso é que naquela vida eu temia que, se deitasse de costas, poderia ter uma crise e engolir a minha língua.

Poderia relacionar as experiências de vidas passadas’ com as doenças e problemas ocorridos nesta?

A obesidade tem a ver com a experiência de fome em outra vida. A retenção de líquidos, com fome, sede e morte num deserto. Fobia, que é um medo não realístico, é o temor de vivenciar aquilo que causou medo. Por exemplo, o medo de alturas estaria relacionado a uma queda que levou a pessoa à morte.

O medo de ratos pode aparecer às pessoas que estiveram presas em celas e foram mordidas ou atacadas por ratos ou camundongos. Algumas foram picadas por cobras, aranhas ou outros insetos.


Os que têm medo de multidões foram pisoteados e morreram dessa forma. Nos que sofrem de claustrofobia e não conseguem entrar num cinema aparecem experiências onde foram enterradas vivos ou emparedados.

Medo de ficar só à noite: a pessoa pode ter estado sozinha à noite quando alguma coisa traumática aconteceu. As que desmaiam à vista de sangue são pessoas que se lembram de terem tido uma hemorragia enquanto morriam.

Em casos de enxaqueca, a pessoa geralmente sofreu uma pancada na cabeça no Local onde a enxaqueca começa. O câncer é mais complicado: há a necessidade de autopunição, de forma penosa, até a morte.

A artrite é relacionada com torturas no período da Inquisição. Asma é provocada por afogamento ou esmagamento do tórax, e diferentes dores no corpo, uma vez focalizadas e relacionadas com experiências diversas, deixam de existir.

Certa cliente disse que toda a noite, às duas horas da manhã, acordava com intensas dores no abdômen, Fez check-ups mas nunca descobriu o que havia. Na regressão descobriu-se que ela recebera um golpe de baioneta naquela região do corpo. Nunca mais acordou com dores.

Segundo essa teoria, todos temos alguma coisa relacionado a vidas passadas?

Estamos aqui na Terra, resolvendo os problemas pendentes.

Há algum risco da pessoa morrer durante a regressão?

Não. Já fiz inumeráveis regressões e nunca tive nenhum caso de morte. A maioria não revive uma vida pretérita. Relembra-se. Então seria difícil que isso acontecesse. Se sucedesse, eu faria o seguinte: ordenaria que o espírito voltasse e depois iria procurar o médico na sala ao lado do meu consultório.

Enfrenta algum problema na área médica?

Os médicos não me mandam pacientes. Eu é que treino os médicos nessa técnica. Tenho apresentado trabalhos na URSS, na Iugoslávia, na Austrália, Itália e a muitos grupos nos Estados Unidos. Já treinei cerca de cem médicos e psicólogos.

Qual a aceitação desse trabalho nos EVA?

A aceitação está aumentando. Pediram-me para que apresentasse trabalhos na Associação Americana de Hipnose Clínica e na Sociedade Internacional de Hipnose. Quando meu livro saiu, eu tinha uma lista de espera de 250 pessoas de diversas partes do mundo. Um funcionário de alto escalão do governo brasileiro também consta na lista.

O que é que causa a cura?

Como já disse, não sei se a regressão refere-se a uma realidade ou se é uma fantasia, mas o fato é que funciona. Se há resistência em se lembrar, sugiro um tema; por exemplo, se a pessoa é obesa .... morte por fome. Se uma mulher tem medo de homens, peço para ela criar uma história dramática ou traumática referente a homens porque, quando a pessoa não se sente pressionada, ela se solta. Uso isso muito.

E em casos de depressão?

São pessoas que fizeram alguma coisa pela qual não conseguem se perdoar. Sentem culpa, mas ela é inconsciente. Acontece alguma coisa na vida atual, alguma similaridade entre esta e a outra vida; o mecanismo de culpa é então disparado, e os sintomas começam.

Por exemplo: alguém que morreu queimado em sua casa preocupa- se com fogo. Se a televisão mostra um incêndio ou uma casa em chamas, a lembrança surge. A pessoa entra em estado de ansiedade, relacionada a fato de ter morrido num incêndio. Pode até sentir o cheiro de coisas queimadas, quando não há fogo ou fumaça por perto.

Nessas regressões todos mostram identidades anteriores comprováveis?

Não perco tempo procurando definir as identidades, mas se buscar, fizer perguntas, as pessoas se identificam. Uma mulher sofrendo de depressão depois que deu à luz pode, numa vida passada, ter dado à luz uma criança que morreu após o parto. Passando pelo mesmo processo, as lembranças vêm à tona.


Mas como o meu objetivo é fazer a paciente relembrar, não pergunto quem ela foi, nem seu nome, ou coisas deste tipo. Mas existem pessoas que me procuram porque querem provar que viveram antes.

E difícil achar essa informação, mas uma mulher descobriu que, em 1500, tinha sido uma francesa na Dinamarca. Ela fez pesquisas em livros, encontrou seu nome naquela vida, e a história que contara antes, durante a regressão, foi confirmada pelo livro.

A maioria já viveu uma vida anterior neste século, e portanto é fácil pesquisar fatos recentes. Alguns pacientes fizeram isso, e existem livros escritos por pesquisadores sobre o assunto. Aparentemente provam que a pessoa em questão realmente viveu naquele período.

Existem muitos casos que envolvem doenças sexuais?

Todos os casos que vou citar são de minha clínica. Um homem sofrendo de impotência engravidara uma moça numa vida passada e ela suicidou-se. Outro tem a ver com um menino que na vida anterior teve relações com sua própria irmã; o pai castrou-o e o trauma permaneceu evidenciando-se na sua atual impotência. Outro caso de que me recordo: um homem foi apanhado na cama com uma mulher casada e levou um tiro.

Mulheres com problemas de frigidez geralmente têm uma história passada de estupro com mais de um homem. Pensem nos exércitos conquistadores que atravessaram cidades e aldeias, estuprando e queimando pessoas... Isso leva as pessoas a ter problemas na área sexual.

Não seria um exagero dizer que todas doenças poderiam ser tratadas pela regressão?

O fato é que funciona, mas há um corolário: a gente aprende a aceitar a consequência natural de todo pensamento emitido e ato praticado. Deixamos de culpar os outros pelos nossos problemas porque compreendemos que somos os arquitetos de nossa própria vida — nós é que a planejamos.

Se uma pessoa, sofrendo de depressão, descobrir que matou a própria família numa outra vida, pode- se libertar porque geralmente está no seio da mesma família!

Compreendemos também que se não fomos punidos numa existência, teremos que voltar para viver de forma semelhante em outra. Assim é que, num assalto, perde-se o que roubamos antes. A informação mais preciosa que aprendemos é que não morremos.

(*) Nota: O interessante é que ela chegou a essa conclusão nos Estados Unidos, sem nenhum conhecimento prévio espírita.
Revista Planeta "Curando vidas passadas", coordenação de ELsie Dubugas.

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