Mais Médicos: Brasil já transferiu R$ 2,8 bi para Cuba

Mais Médicos: Brasil já transferiu R$ 2,8 bi para Cuba

Levantamento realizado pelo site de VEJA revela o total de recursos desembolsados pelo Ministério da Saúde desde 2013 para o pagamento dos 11 400 médicos cubanos

Por: Leonardo Coutinho11/07/2015 às 17:48 - Atualizado em 12/07/2015 às 15:38
Médicos cubanos na chegada ao Brasil no aeroporto de Brasília - (24/08/2013)Desembarque de médicos cubanos no Brasil. O governo de Cuba confisca mais de 70% dos salários(Fernando Bizerra Jr/EFE/VEJA)
Dados disponíveis no site do Fundo Nacional de Saúde revelam que desde agosto de 2013, o governo brasileiro desembolsou 2,85 bilhões de reais como pagamento pelo envio de 11 400 médicos de Cuba para o Brasil. As transferências são realizadas em nome da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que embolsa 5% dos valores, como pedágio para triangular a operação - que seria considerada ilegal sem a sua intermediação.
Descontados os 142,5 milhões de reais de comissão devida à Opas, a ditadura dos irmãos Castro embolsou desde então 2,7 bilhões de reais com a venda dos serviços médicos. Planejado para custar aos cofres públicos 511 milhões de reais, o programa sofreu ao longo do tempo uma série de alterações. Atualmente, o Ministério da Saúde trabalha na preparação do sétimo aditivo do contrato.
Considerando que a governo cubano confisca mais de 70% do salário dos médicos que trabalham no Brasil, chega-se ao lucro líquido de 1,9 bilhão de reais com a operação no Brasil. Somente nos quatro primeiros meses de 2015, o Brasil entregou para Cuba mais 729 milhões de reais.
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Em março, a revelação de uma gravação obtida pelo Jornal da Band, expos como o Programa Mais Médicos foi concebido. Funcionários do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde discutiram as estratégias para burlar a lei.
O áudio mostra a cumplicidade da Opas, na estratégia armada pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurério Garcia para melhorar a imagem do Governo Dilma - em uma situação de baixa popularidade, por causa dos protestos registrados em junho daquele ano - bem como para dar uma força para Cuba.


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