Argentina diz respeitar processo político e institucional do Brasil

Argentina diz respeitar processo político e institucional do Brasil

Chefe de gabinete do governo argentino diz que país monitora situação.
Processo de impeachment de Dilma Rousseff está no Senado.

Da EFE 19/04/2016 15h08 - Atualizado em 19/04/2016 15h08


Marcos Peña, chefe de Gabinete do governo argentino, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (19) (Foto: Reprodução/ YouTube/ Casa Rosada)


O governo argentino afirmou nesta terça-feira (19) manter um "profundo respeito" à "institucionalidade", à "independência" e à "autonomia" do processo político e institucional do Brasil, em referência ao processo visando o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No último domingo, a Câmara dos Deputados aprovou, por 367 votos favoráveis contra 137 contrários, o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma, que passou para o Senado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta terça que a eleição que irá oficializar os nomes indicados pelos blocos partidártios da Casa para a comissão especial do impeachmentdeve ocorrer na próxima terça-feira (26).

"Acompanhamos o tema com muito interesse, a situação política e também a situação econômica do Brasil. O país é nosso principal aliado estratégico. Nosso vizinho e nosso país amigo. É um tema que nos enche de preocupação", disse em entrevista coletiva em Buenos Aires o chefe de Gabinete do governo argentino, Marcos Peña.

"Estamos monitorando o processo mediante nossas Chancelarias", acrescentou, para agregar que o presidente argentino Mauricio Macri falou com Dilma no fim de semana passado.

Neste sentido, Peña ressaltou que a postura do Executivo "foi sempre a mesma e foi respeitada e partilhada em grande parte pelo governo brasileiro".

"Respeitamos o processo institucional do Brasil. Acreditamos que as instituições estão funcionando", afirmou.

"Cada um terá sua opinião política, sobretudo dentro do Brasil, mas acreditamos que nossa aproximação ao tema seja de profundo respeito à institucionalidade, um profundo respeito à independência e à autonomia do processo político e institucional do Brasil", concluiu.

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