Indústria de SP tem queda recorde

Indústria de SP tem queda recorde

Nível de produção no Estado é o mesmo de agosto de 2003, o que ajuda a dar uma dimensão do tamanho da crise

08/04/2016

Com a retração do consumo e dos investimentos no País, a produção da indústria brasileira caiu de modo generalizado em fevereiro.

Naquele mês, 11 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE produziram menos em comparação a janeiro.

Disseminado

Principal parque fabril do País, São Paulo viu sua produção cair 2,1% de janeiro para fevereiro, ritmo abaixo da média do Brasil (-2,5%).

Mesmo assim, foi o pior mês de fevereiro da indústria de São Paulo em toda a série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002.

Em relação a fevereiro de 2015, a produção paulista recuou 12,3%, puxada pelos ramos de automóveis (-25,1%) e de máquinas e equipamentos (-24,6%). Mas o perfil foi disseminado, com 13 das 18 atividades em baixa. 

O nível de produção da indústria de São Paulo é o mesmo de agosto de 2003, o que ajuda a dar uma dimensão do tamanho da crise enfrentada.

Cortar a produção, além de reduzir empregos, é uma forma de o setor se ajustar ao menor ritmo da demanda.

Conforme dados divulgados ontem, os Estados com queda mais intensa foram Bahia (-7,9%) e Amazonas (-4,7%). A produção na Bahia havia avançado em dezembro e janeiro, período em que acumulou uma alta de 8,5%. Parte dessa alta foi apagada.

Também tiveram forte queda na produção Santa Catarina (-3,3%) e Ceará (-2,8%).

Exceções

As exceções no mês foram os Estados de Pará (6,2%), Espírito Santo (5,3%) e Goiás (4,1%).

Os dois primeiros têm em comum forte presença da atividade extrativa mineral, que teve um avanço de 0,6% na passagem de janeiro para fevereiro na média nacional. (Folhapress)