Furtos, sujeira e depredação

Furtos, sujeira e depredação
comerciodojahu.com.br - 07/05/2016



Tropa de Choque retirou os estudantes que estavam no Centro Paula Souza RAVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Havia bagunça, sujeira e depredação na sede administrativa do Centro Paula Souza após a desocupação por estudantes secundaristas, na manhã de ontem. A reportagem esteve no prédio, na região central de São Paulo, poucas horas após a reintegração pela Polícia Militar. Encontrou, por exemplo, fios no teto onde deveriam estar 16 câmeras de vigilância. Os equipamentos ou foram arrancados ou virados em direção à parede, de modo a não registrar o movimento. O sistema do Paula Souza indica que as câmeras foram desligadas por volta das 2h30 de domingo, quando apenas estudantes estavam no prédio, disse Ruben Pimenta, diretor de tecnologia da informação e comunicações. Até as 15h de ontem, ele havia dado falta, apenas naquele setor, de 12 computadores, três cartões de memória, seis HDs externos, um fone de ouvido com microfone, uma caixa de ferramentas e um lote com 20 caixas de teclados e mouses. A contagem será concluída na segunda-feira. Antes da reintegração, na manhã de ontem, quatro adultos e um adolescente foram detidos com caixas com HDs e notebooks do Paula Souza. Em um dos andares do prédio, ao menos três computadores foram abertos e estavam sem pentes de memória. A reportagem contou ao menos dez portas de madeira arrombadas. Uma outra porta, mais pesada e corta-fogo, estava torta, provavelmente resultado de chutes – a partir dela, foi possível ter acesso aos andares administrativos do Paula Souza. Sobre algumas mesas havia tênis e restos de comida. Em um dos banheiros, café jogado no chão e sabonetes espalhados.

Os estudantes que estavam havia três dias no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo decidiram respeitar o prazo determinado pela Justiça e desocuparam voluntariamente o local no meio da tarde de ontem.

O grupo de jovens que invadiu o prédio no fim da tarde de terça-feira prometia ficar no plenário até que uma CPI para investigar a “máfia da merenda” fosse instalada, mas desistiu de continuar no local antes de alcançar esse objetivo político. Dos cerca de cem que estavam no primeiro dia, restavam pouco mais de 50 ao fim do protesto. (Folhapress)


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