Obama recebe dalai-lama pela quarta vez e irrita China

Obama recebe dalai-lama pela quarta vez e irrita China

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Líder espiritual do Tibete foi recebido pela porta de trás da Casa Branca para evitar aproximação da imprensa

Reuters

O presidente dos EUA, Barack Obama, recebeu nesta quarta-feira (15) na Casa Branca o dalai-lama, líder espiritual do Tibete. Apesar de a visita ter sido a portas fechadas, o americano não evitou as críticas de Pequim.

Para evitar a aproximação da imprensa, o líder espiritual foi recebido pela porta de trás da residência oficial americana e o encontro foi na Sala de Mapa, não no Salão Oval, onde o presidente costuma receber visitas.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, Obama escolheu a outra sala para receber o dalai-lama devido à "qualidade pessoal de seu encontro". "Os EUA não expressaram seu apoio à independência do Tibete", disse.

Earnest acrescentou que, no passado, Obama já havia falado sobre seus "sentimentos pessoais calorosos" pelo líder espiritual e sua crença "na preservação das tradições religiosas, culturais e linguísticas únicas do Tibete".

Em entrevista à Fox News, porém, o dalai-lama disse que ele e Obama conversaram sobre a situação do Tibete, mas no sentido do "direito à preservação de nossa cultura, do conhecimento da filosofia budista".

A notícia da reunião já levou à irritação de Pequim. Em comunicado antes do encontro, o porta-voz da Chancelaria, Lu Kang, disse que a reunião seria "um sinal errado" aos tibetanos e "afetará a cooperação" com os EUA.

Esta é a quarta vez que Obama recebe o dalai-lama e em todas a China manifestou sua irritação. Na última, em 2014, a Casa Branca informou que recebia o tibetano "como um líder espiritual e cultural respeitado internacionalmente".

Exilado na Índia desde 1959, quando a China invadiu o Tibete, o dalai-lama é considerado um perigoso separatista por Pequim. Desde então, o líder espiritual é um dos principais defensores da independência do território.

DISPUTA TERRITORIAL

O último encontro aconteceu no momento de tensões elevadas entre EUA e China devido ao reforço feito por Pequim de suas pretensões territoriais na Ásia, irritando países como Filipinas, Vietnã, Coreia do Sul e Japão.

Nos últimos meses, Obama tem aprovado medidas para ajudar os aliados, como o reforço da parceria com japoneses, filipinos e sul-coreanos e a liberação na venda de armas para os vietnamitas.

Na última terça (14), a China exigiu que Washington respeitasse a política da "China única" após a nova presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, anunciar viagem a Miami e Los Angeles entre 24 de junho e 1º de julho. Com informações da Folhapress.

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