Internautas criam vaquinha para custear fiança de quem apagar a tocha olímpica

Internautas criam vaquinha para custear fiança de quem apagar a tocha olímpica


Meta de campanha virtual é arrecadar até R$ 2 mil para arcar com despesas de possíveis prisões. Foto: Reprodução/Facebook

Em mais uma etapa de seu périplo pelo solo nacional, a tocha olímpica, nesta quinta-feira, passará por Curitiba. No entanto, ao que tudo indica, nem todos os moradores da cidade estão satisfeitos com a “visita”. Pelo menos é o que indicam dois eventos organizados no Facebook que convocam pessoas para apagar a tocha durante seu desfile pela capital paranaense.

“Essa vai pela onça morta, pelo boto cutucado, pelo balde de água que falhou, pelo tio do extintor e muito mais...”, diz a descrição de um dos eventos, que já conta com mais de 1,7 mil pessoas confirmadas. Já o outro, afirma que sua intenção é demonstrar o descontentamento da população: “A ideia da mobilização é mostrar para o Brasil e o mundo que estamos insatisfeitos com a atual situação politica e economica do país (...) não queremos essa OLIMPÍADA”.









Também foi criada em um site de financiamento coletivo uma vaquinha para arrecadar fundos destinados à fiança de pessoas que conseguirem apagar a tocha. O Objetivo é conseguir R$ 2 mil até o fim desta quinta-feira. “Como já tivemos outras duas tentativas, e todos foram presos e obrigados a pagar fiança. Estamos promovendo essa campanha para pagar a fiança de quem apagar a tocha em Curitiba”, diz a descrição da vaquinha virtual.

Nas redes sociais, também circulam dezenas de imagens compartilhadas com mensagens que encorajam internautas a apagarem a tocha.













Um caminho tortuoso

No fim de junho, um homem foi preso no domingo após tentar apagar a tocha olímpica com um balde d’água durante passagem do símbolo pela cidade de Maracaju, no Mato Grosso do Sul. O homem de 27 anos, morador da cidade, foi detido em flagrante pela Polícia Militar e responderá em liberdade após pagar fiança de R$ 1 mil.

Três dias depois, uma mulher e um homem foram detidos no mesmo dia, respectivamente, em Maringá e Cascavel, no interior do Paraná, por tentarem apagar a peça. O rapaz chegou a utilizar um extintor de incêndio para tentar alcançar seu feito.

Em Porto Alegre (RS), há uma semana, um grupo se organizou pelo Facebook e tentou interromper a chama olímpica com um balde d’água também.

Polêmica animal

Um incidente marcou a passagem da Tocha Olímpica por Manaus (AM), no dia 20 de junho. A onça Juma, que pertencia ao zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva e que acompanhou parte do desfile, acabou abatido após o evento.

Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), o animal se soltou da coleira quando já estava de volta ao zoo. Um grupo de tratadores tentou o resgate com dados tranquilizantes, mas, mesmo sedada, a onça teria avançado sobre um dos veterinários e, atingida por um tiro de pistola, "veio a falecer", segundo nota oficial do CMA.

Dois dias depois, a chama olímpica esteve em locais de turismo ecológico onde foi conduzida lado a lado com botos-cor-de-rosa.

Muitos internautas criticaram o uso do animal para o entretenimento e para as fotos. “Vocês não se cansam de se envergonhar?”, “Por que tinham que atormentar um boto para fazer parte do circo? É muita falta de preparo”, “O boto morreu também?” e “Coitado do boto” foram alguns dos comentários feitos em redes sociais.

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