Conheça a síndrome mão-pé-boca, virose comum em crianças

Conheça a síndrome mão-pé-boca, virose comum em crianças

8 de setembro de 2016 | postado por Malu Silveira

Síndrome mão-pé-boca provoca principalmente lesões na mucosa da cavidade oral, palmas das mãos e plantas dos pés (Foto ilustrativa: Free Images)

Pais de crianças que estão na faixa etária entre 1 e 5 anos já devem estar acostumados com o fato de os pequenos contraírem diversas doenças ao longo da primeira infância. Apesar do nome pouco conhecido, a síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma das enfermidades mais comuns nesse período. A doença, altamente contagiosa, é causada pelo vírus Coxsackie, que provoca lesões na mucosa da cavidade oral, palmas das mãos e plantas dos pés.

Entre os sintomas mais comuns dessa virose, está o que os especialistas chamam de rash cutâneo (erupções cutâneas espalhadas pelo corpo), principalmente nas regiões que dão nome à doença. Febre, diarreia leve e excesso na produção de saliva também são características da doença. “Na síndrome mão-pé-boca, há rash cutâneo principalmente nas mãos e nos pés. Já na boca, a doença causa inúmeras lesões vesiculares que estouram e viram aftas. Por isso, é fácil para diagnosticarmos clinicamente essa síndrome, já que é uma das poucas doenças que atinge predominantemente tanto as palmas da mão e plantas do pé. Mas vale lembrar que todo o corpo pode ser acometido por esse rash”, explica o pediatra Homero Rabelo, do Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife.

A transmissão geralmente é por via oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva, secreções, alimentos e objetos contaminados. Apesar de não atingir apenas os mais novos, a grande incidência de casos de doença está entre os pequenos por um motivo simples: “Quase todas as doenças virais são mais comuns em crianças. Primeiramente, porque elas ainda não têm muita proteção para as doenças. E em segundo lugar, as crianças estão sempre muito próximas, seja em creches ou nas escolas, e têm muito contato entre si, nas brincadeiras e demais atividades. São características dessa faixa etária”, explica Homero, doutorando em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Não há tratamento específico para a doença. O recomendado é esperar o ciclo da virose acabar, sempre tomando alguns cuidados. Nesse período, alimentação adequada, hidratação e repouso são essenciais. “O ideal é que a criança tome muito líquido e opte por alimentos gelados, como o sorvete e pastosos. Para as lesões da boca, um dos sintomas que mais incomoda o paciente, a dica é evitar alimentos que causem irritação, como frutas cítricas, e usar spray de própolis com ação anti-inflamatória e cicatrizantes. Se as lesões coçarem, entramos com antialérgicos”, explica Homero.

Como não há formas 100% eficazes de prevenção, a principal recomendação do pediatra é estar alerto a todos os sintomas observados na criança. “Às vezes, banalizamos os sintomas da virose, mas todas têm nome e sintomas diferentes. A maioria cura espontaneamente, com o término do ciclo. Mas alguns casos, como qualquer vírus, podem evoluir para forma graves ou complicações decorrentes da doença. Os pais devem estar sempre atentos e pedir informações ao médico sobre os possíveis sinais de alerta”, finaliza o pediatra.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/casasaudavel/2016/09/08/conheca-a-sindrome-mao-pe-boca-virose-comum-em-criancas/


Comentários