“Turismo Inteligente”: Sebrae investe em projetos para revolucionar o setor

“Turismo Inteligente”: Sebrae investe em projetos para revolucionar o setor

Por Samantha Chuva em 06/10/16 - 12:28



Inovação, tecnologia e economia criativa são as palavras de ordem dos últimos anos. E não é para menos, a humanidade parece ter entrado em um frenesi de criatividade e vem desenvolvendo cada vez mais novos projetos que visam à automatização dos processos e uma melhor experiência aos usuários, unindo o mundo digital a novas ferramentas, de forma colaborativa e inteligente. Foi esse conceito que deu início às startups, ao Uber, Airbnb e diversos outros modelos de negócios que vêm ganhando a adesão de pessoas no mundo inteiro.

Dessa forma, pensando no conceito de Cidades Inteligentes, o Sebrae desenvolveu o programa ‘Turismo Inteligente’. Com lançamento previsto para 2017, a entidade vai disponibilizar cerca de R$ 9 milhões que serão investidos em mais de 40 projetos.

“Queremos informatizar a cadeia turística”

Segundo a coordenadora Nacional do Turismo do Sebrae, Graziele Villela, a finalidade é desenvolver o segmento no Brasil por meio de parcerias entre empresas privadas e governo. “Atualmente, quem não está no mundo digital não sobrevive. Nosso objetivo é fazer com que o país acompanhe as tendências e mudanças do segmento e do perfil do viajante pensando em soluções que unam tecnologia, sustentabilidade, melhora da experiência turística, capacitação e governança”.

EXPLICANDO O CONCEITO



Primeiro vamos começar pelo conceito de Cidades Inteligentes. De acordo com a FGV, Cidades Inteligentes ou Smart Cities é um sistema que prevê o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da sociedade recorrendo a planejamentos e gestões urbanas que busquem suprir as necessidades sociais e econômicas, unido maior interação com os espaços.

“Esse tipo de ação atrai pequenos negócios como food truck, artesanatos e artistas aos espaços, tornando a cidade mais atrativa e interativa”

Assim, o projeto do Sebrae visa unir os diferentes autores do Turismo no Brasil, como hoteleiros, locadoras, agências etc. com empresas que possam fornecer soluções e pensar em novas formas de se fazer Turismo. O projeto é dividido em quatro partes que agem em paralelo.

A primeira delas é a capacitação. “É necessário entender que o perfil do turista mudou. Que ele está mais exigente, com foco em experiências. Queremos mostrar às empresas como elas podem ser mais completas e como atender às expectativas dos viajantes. A partir disto, estudaremos as necessidades dos players do mercado, não apenas das empresas, como também dos clientes, dos governos, dos moradores e dos turistas, a fim de desenvolver projetos que supram essas colunas”, explicou a executiva, que afirmou que o objetivo é apresentar os problemas para startups que criarão ferramentas de soluções. “Queremos informatizar a cadeia turística”, enfatizou.

Outra questão a ser entendida é que, embora o turista esteja mais conectado, ele não abre mão do contato pessoal. Para Graziele, a ideia não é robotizar a viagem. Pelo contrário. Com processos simplificados, o propósito é fazer com as experiências entrem mais em foco.



“Por exemplo, vamos pensar que tipo de sonhos o agente pode levar ao cliente. Hoje, os turistas têm cada vez mais informações e realizam a compra da viagem por meio de canais diretos, sem um intermediário. Então, queremos idealizar como tornar os agentes mais relevantes. O mesmo serve para os guias de Turismo. Queremos tornar o profissional mais do que um informante sobre os destinos, e sim uma peça-chave que fará a viagem uma experiência muito mais completa”, esclareceu a coordenadora.

“É necessário entender que o perfil do turista mudou. Que ele está mais exigente, com foco em experiências. Queremos mostrar às empresas como elas podem ser mais completas e como atender às expectativas dos viajantes”.

O objetivo é ainda integrar o Turismo à rede criativa e food experience, levando cultura e economia criativa para os espaços urbanos. “Esse tipo de ação atrai pequenos negócios como food truck, artesanatos e artistas aos espaços, tornando a cidade mais atrativa e interativa”, enumera.

Por fim, todas as ideias e projetos desenvolvidos pelo Turismo Inteligente necessitam ser pensados com um viés de sustentabilidade. Vale destacar que isso pressupõe um significado muito mais amplo que apenas natureza e meio-ambiente – o conceito de sustentabilidade engloba pelo menos três pilares: ambiental, econômico e social. Assim, temos aí a busca de uma melhoria na forma como a sociedade interage entre si e com as cidades por meio de economia colaborativa, troca de experiências e qualidade de vida.

COMO PARTICIPAR?

Para participar basta entrar em contato com o Sebrae e apresentar o interesse. Seja com um problema para ser resolvido ou com um projeto que precisa de auxílio para se desenvolver, desde que seja focado em Turismo, e a empresa se encarrega de cruzar as demandas com os diversos projetos disponíveis.

Fonte: http://www.mercadoeeventos.com.br/noticias/tecnologia/turismo-inteligente-sebrae-investe-em-projetos-para-revolucionar-o-setor/


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