ESQUECIMENTO FREQUENTE: O QUE PODE SER?

ESQUECIMENTO FREQUENTE: O QUE PODE SER?

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A queixa de esquecimento é frequente. São situações como não se recordar onde um objeto foi guardado, não se lembrar de nomes, do que iria fazer e dificuldade de manter a atenção focalizada. Por essas alterações serem sutis, muitas vezes, o paciente e seus familiares procuram o médico apenas quando os problemas de memória tornam-se mais evidentes, interferindo em atividades de vida diária, como cozinhar, pagar contas, usar telefone, transferir-se de um local para o outro, além de autocuidados, como escovar os dentes, tomar banho, alimentar-se, dentre outros.

Doenças como depressão, déficit de atenção, deficiência de vitaminas, transtornos do sono, alcoolismo, alterações hormonais, câncer e quadros infecciosos do sistema nervoso central podem gerar algum grau de comprometimento cognitivo e/ou comportamental. Vale destacar que a cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento por meio da memória, atenção, percepção, associação, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Seu comprometimento é um dos principais problemas de saúde no mundo, devido ao crescimento populacional de idosos.

Nem todo esquecimento é Alzheimer

Estudos mostram que o total de casos novos de demência no mundo, a cada ano, é de aproximadamente 7,7 milhões. Existem diversos tipos de demência, mas as mais comuns são a Doença de Alzheimer, Demência com Corpúsculos de Lewy e Demência frontotemporal. No caso da Doença de Alzheimer, sua manifestação ocorre como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem). É uma doença degenerativa, na qual ocorre perda de neurônios. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.


A educação formal, de lazer e o estímulo cognitivo podem aumentar a reserva cognitiva. Hábitos saudáveis de dieta, assim como cuidados cardiovasculares (controle da pressão arterial, diabetes e colesterol) reduzem lesões vasculares cerebrais que facilitariam o aparecimento clínico de doenças degenerativas, como a de Alzheimer. Estudo publicado recentemente sugere a influência de fatores de risco modificáveis, como tabagismo, consumo de álcool e cafeína, no desenvolvimento de quadros demenciais. Por isso, dietas balanceadas, com ingestão de peixes, frutas, verduras, nozes e castanhas, menor ingestão de carne vermelha e de álcool podem postergar a evolução e o aparecimento de uma doença demencial. É preciso manter o bom funcionamento do cérebro, aliando alimentação saudável e prática esportiva.

Juliana Matosinhos de Paula - Neurologista

Serviço
Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Neurologia e da Comissão do Médico Jovem CRM-MG
Em Lafaiete, atua no Hospital e Maternidade São José, Núcleo Vida e Mediclin
http://www.jornalcorreiodacidade.com.br/noticias/10727-esquecimento-frequente-o-que-pode-ser

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