Os 5 eventos que agitaram o Brasil e o mundo e que você precisa saber na volta do feriado

Os 5 eventos que agitaram o Brasil e o mundo e que você precisa saber na volta do feriado

POR LARA RIZÉRIO EM MERCADOS 02 nov, 2016 18h47
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Enquanto o mercado brasileiro ficou fechado por conta do feriado, bolsas nos exterior tiveram um dia bastante movimentado

SÃO PAULO - Enquanto o mercado brasileiro estava fechado devido ao feriado de Finados, uma série de eventos agitou o mundo e muitos deles devem ter impacto na Bovespa nesta quinta-feira (3). Para quem estava descansando nesta quarta e perdeu tudo isso, o InfoMoney separou os principais eventos do dia que você deveria saber:

1) Desempenho dos ADRs

O dia foi de forte queda para o índice Brazil Titans 20, que reúne os principais ADRs (American Depositary Receipt) brasileiros negociados na NYSE . O índice teve baixa de 1,67%,com destaque para a queda de cerca de 3% da Petrobras em um dia de forte baixa para o petróleo, enquanto o mercado segue com aversão ao risco em meio à disputa acirrada na eleição presidencial americana. Vale destacar uma nova pesquisa feita pela CNN/ORC, que mostrou ligeira vantagem tanto de Donald Trump quanto de Hillary Clinton em Estados onde os seus partidos costumam obter vantagem mais folgada. Trump levaria Nevada e Arizona; Hillary, Flórida e Pensilvânia.

Os ADRs da Vale (VALE3;VALE5) também registraram baixa, de 2,54%, a US$ 6,72, em um dia de estabilidade para o preço do minério de ferro; já os papéis das siderúrgicas CSN (CSNA3, US$ 3,05, -3,33%) e Gerdau (GGBR4, US$ 3,12, -3,25%) registraram baixa mais expressiva. Confira mais clicando aqui.

2) Decisão do Fomc

O Federal Reserve, banco central norte-americano em sua última decisão de política monetária antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas sinalizou fortemente que pode elevar a taxa em dezembro, com a economia ganhando fôlego e a inflação acelerando.

O comitê de definição da taxa de juros do Fed disse que a economia se fortaleceu e que os ganhos de emprego continuaram sólidos. Os formuladores de política da autoridade monetária também expressaram mais otimismo de que a inflação está se movendo na direção da sua meta de 2 por cento. "O comitê julga que a hipótese de um aumento na taxa dos fundos federais continuou a se fortalecer, mas decidiu, por enquanto, esperar por mais evidências de progresso contínuo em direção a seus objetivos", disse o Fed em comunicado após a reunião de dois dias.

Isso sugere que a barra parece baixa para um aumento de taxa na última reunião de política do ano em meados de dezembro. A crescente confiança do Fed de que os preços estão aumentando refletiu-se em sua visão de que "a inflação aumentou um pouco desde o início deste ano" e na remoção de referência anterior à inflação permanecendo baixa no curto prazo. As presidentes do Fed de Kansas City, Esther George, e do Fed de Cleveland, Loretta Mester, divergiram da decisão desta quarta-feira em favor de uma alta imediata. Elas ficaram entre três integrantes do Fed que discordaram na última reunião. O Fed mantém sua meta de empréstimos overnight entre bancos em uma faixa de 0,25 a 0,50 por cento desde dezembro passado, quando aumentou os custos de empréstimos pela primeira vez em quase uma década.

3) Petróleo em forte queda

Os contratos futuros do petróleo recuaram fortemente nesta quarta-feira, após uma alta semanal recorde nos estoques da commodity nos Estados Unidos alimentar preocupações entre investidores sobre excesso de oferta global, dias após analistas estimarem uma produção de petróleo mensal maior da Opep.

A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) disse que os estoques de petróleo subiram em 14,4 milhões de barris na semana até 28 de outubro, muito acima da expectativa de analistas de alta de 1 milhão de barris. Foi a maior elevação semanal nos estoques de petróleo dos EUA, superando o recorde de 2012 e acima da alta de 9,3 milhões de barris divulgada pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) na terça-feira.

O petróleo Brent encerrou em queda de 1,28 dólar, ou 2,7 por cento, a 46,86 dólares por barril, após recuar a 46,46 dólares, menor nível desde 28 de setembro. O petróleo dos EUA caiu 1,33 dólar, ou 2,9 por cento, e encerrou a 45,34 dólares por barril. Na mínima, caiu abaixo de 45 dólares.

4) Noticiário corporativo

Mesmo com feriado no Brasil, muitas notícias de empresas seguiram no radar do mercado. Com relação à Petrobras, uma decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São PauloP) determinou a suspensão da rescisão do contrato de afretamemento da sonda Vitória 10.000, entre a Schahin e a estatal. Além disso, os advogados da Petrobras pediram à Justiça dos EUA que desautorize uma classe de investidores que está processando a companhia por perdas no mercado acionário em meio ao escândalo de corrupção enfrentado por ela. A empresa alega não estar claro se esses investidores fizeram as transações nos EUA; somente os títulos negociados nos Estados Unidos podem constar na ação coletiva.

Já o presidente-executivo da Vale, Murilo Ferreira, disse nesta quarta-feira que a mineradora está tentando reduzir sua dívida para entre 15 bilhões e 17 bilhões de dólares até o final de 2017, uma pequena revisão da previsão anterior. Falando em uma conferência da Bloomberg nesta quarta-feira, Ferreira também disse que estava mudando o foco para aumentar as margens de lucro, em vez de maior produção.

Destaque ainda para a notícia da Reuters de que o Santander negocia recomprar 50% das ações de sua unidade de gerenciamento de ativos, que havia sido vendida pelo banco em 2013 para dois fundos de private equity, segundo fontes próximas à negociação. Na ocasião, o banco vendeu a metade da unidade para os fundos Warburg Pincus e General Atlantic, em uma operação que envolveu 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões). Na ocasião, o acordo gerou um ganho líquido para o banco de 700 milhões de euros, segundo informações divulgadas pelo banco.

5) Noticiário político

O noticiário político também foi intenso, como você conferir clicando aqui. Em destaque, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu que Michel Temer e Lula sejam testemunhas de defesa em processo da Operação Lava Jato; Cunha também manda recados ao governo sobre uma eventual delação premiada. Além disso, destaque para a fala de Lula após a eleição municipal e a possibilidade de novos nomes do PSDB para disputar a candidatura em 2018.

(Com Reuters)-http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5696622/eventos-que-agitaram-brasil-mundo-que-voce-precisa-saber-volta

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