Heineken confirma negociação para compra da Brasil Kirin

Heineken confirma negociação para compra da Brasil Kirin

A holandesa Heineken confirmou nesta sexta-feira, em comunicado, que está em negociações para a aquisição da fabricante de bebidas Brasil Kirin, controlada pelo grupo japonês Kirin. “Estas discussões estão em andamento e não há certeza de que um acordo será alcançado. Outros anúncios serão feitos conforme apropriado”, afirmou a Heineken em comunicado.

20/01/2017 às 08h04 Por Rodrigo Rocha e Cibelle Bouças | Valor SÃO PAULO
Resultado de imagem para HeinekenResultado de imagem para Brasil Kirin

Conforme reportagem do Valor na quinta-feira, o grupo Kirin está decidido a sair do mercado brasileiro e mantém negociações avançadas com a Heineken. A expectativa é que o acordo de venda total da subsidiária brasileira seja anunciado em fevereiro, dizem fontes familiarizadas com as negociações.

A Heineken, segundo essas fontes, deve pagar desta vez menos do que os US$ 2 bilhões (R$ 3,23 bilhões no câmbio da época) oferecidos em 2011 para a compra da Schincariol.

A Kirin comprou 50,45% da Schincariol em 2011 por R$ 3,95 bilhões, formando a Brasil Kirin. A empresa na época era a segunda maior cervejaria do país, com 10% de participação, atrás da Ambev, e foi avaliada em R$ 8 bilhões.

“O acordo com a Heineken está quase fechado. A questão ainda em discussão é se a Heineken vai abandonar a distribuição que hoje é feita pela Coca-Cola e usar a rede de distribuição da Brasil Kirin ou não”, disse uma fonte que acompanha as negociações.

Já o jornal japonês “Nikkei” publicou reportagem dizendo que a Kirin Holdings venderá a operação da Brasil Kirin para a Heineken por aproximadamente 100 bilhões de ienes (US$ 870 milhões). Por esse valor a companhia vai sair do Brasil com perda total de dezenas de bilhões de ienes.

De acordo com a publicação japonesa, a Kirin adotou um foco voltado a operações mais rentáveis, desde que Yoshinori Isozaki se tornou presidente do grupo, em março de 2015. A empresa fez uma parceria com a Coca-Cola nas áreas de logística e compras, para aumentar a rentabilidade, no momento em que o mercado japonês de refrigerantes encolhe.

Fonte: Valor

Comentários