Dieta sem glúten pode aumentar risco de doenças

Dieta sem glúten pode aumentar risco de doenças

Apesar de ter virado moda, a dieta pode favorecer o surgimento de doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios no sistema nervoso

Por Da Redação-15 fev 2017, 17h35 - Atualizado em 16 fev 2017, 13h35

Eliminar o glúten da dieta pode estar relacionado a um aumento de metais tóxicos no sangue e na urina. (iStockphoto/Getty Images)

Não faz muito tempo que o glúten, proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e no malte, assumiu o posto de vilão da saúde. A má fama teve início quando as celebridades começaram a propagar que uma dieta livre de glúten era o segredo para manter uma boa forma. Agora, a ciência lança um novo alerta para aqueles que seguem essa alimentação restritiva, indicada essencialmente para quem tem doença celíaca. De acordo com um novo estudo, quem segue o regime ‘gluten free‘ fica mais exposto a metais tóxicos, aumentando assim o risco de várias doenças, desde cardíacas a distúrbios no sistema nervoso.

O levantamento foi publicado na revista científica Epidemiology, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos e utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição. Segundo os resultados, os 73 participantes adeptos da dieta livre de glúten entre os 7.471 que completaram a pesquisa, entre 2009 e 2014, apresentavam concentrações duas vezes mais altas de arsênio nos exames de sangue e urina em relação aos que não seguiam a dieta. Já os níveis de mercúrio eram 70% maiores.

Apesar do resultado, os cientistas acreditam que é necessária uma pesquisa longa para determinar as consequências desse tipo de alimentação na saúde. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a exposição prolongada ao arsênio pode causar câncer, doenças cardíacas, diabetes, lesões na pele, problemas de desenvolvimento e distúrbios no sistema nervoso.

Os sintomas da contaminação por arsênio incluem vômito, dores abdominais e diarreia. Para o mercúrio os sintomas são os mesmos, incluindo um aumento da pressão arterial e, a longo prazo, problemas nos rins ou cérebro.

Fonte: Veja


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