Temer defende reformas trabalhista e da previdência

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SÃO PAULO - (Atualizada às 14h2) Em evento realizado nesta segunda-feira em São Paulo, o presidente Michel Temer voltou a dizer que a meta de seu governo é promover reformas estruturais para entregar ao sucessor “um país nos trilhos”.

Temer participou do lançamento do Agro + SP, programa de modernização e desburocratização do agronegócio, promovido em parceria pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, pelo governo estadual e pelo Ministério da Agricultura. Estiveram presentes, além de Temer, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O presidente ressaltou a importância de realizar mudanças no acesso aos benefícios da Previdência ao dizer que é "melhor fazer a reforma agora que daqui a dez anos, quando não houver mais dinheiro". Ele ainda reforçou a visão de que "quem tem direito adquirido, adquirido está", ao mencionar que a reforma não vai prejudicar os trabalhadores que já estão caminhando para a aposentadoria.

As reformas, segundo Temer, se fazem necessárias para garantir o pagamento de programas como o Fies e o Minha Casa Minha Vida. "Esses programas dependem de maior rigidez orçamentária", disse.

Temer afirmou que fez em nove meses, em termos de reforma, o que estava planejando realizar em dois anos.

O presidente também disse esperar que a reforma trabalhista tramite “com certa facilidade” no Congresso Nacional, ressaltando que a proposta de mudança na legislação não vai “roubar direitos”.

Além de mencionar as reformas trabalhista e da previdência, Temer ainda disse que pretender promover uma simplificação tributária. “Não é reforma, é simplificação, o que já é uma grande coisa”, disse.

Ele também disse que reforma política ainda está no radar de seu governo. Temer afirmou que "ajudará o Congresso a fazer uma reformulação política".

O presidente afirmou em seu discurso que, se fizer as reformas planejadas, ele se dará por satisfeito em termos pessoais.

Desburocratização

Segundo Temer, há “um número fantástico” de propostas de desburocratização na Casa Civil feitas pelos ministérios. A iniciativa surgiu, de acordo com ele, do ministro da Agricultura, Maggi, que apresentou 63 iniciativas de desburocratização no ano passado. O presidente, no entanto, não detalhou quais propostas estão na Casa Civil.

“Vejam como o Brasil está: estamos precisando comemorar a desburocratização”, disse. “O nosso governo tem um compromisso inafastável com a modernização.”

Temer fez diversos acenos a uma plateia formada por empresários e representantes do setor agropecuário. Ele disse que “a força-motriz da economia é precisamente a agricultura” e que “o setor privado sustenta as atividades do governo”. O presidente também indicou, como fez Maggi, que o Brasil sairá dos atuais 6,9% de participação no mercado agrícola mundial para 10%, mas não deu um prazo para que isso aconteça.

Inflação

Temer afirmou também que a inflação acumulada de 12 meses pode ficar abaixo de 4,5%, o centro da meta, em algum momento deste ano. “A projeção dos 0,38% (inflação de janeiro) para os próximos 12 meses pode revelar uma inflação abaixo de 4,5%, que é o centro da meta”, disse.

Ele comemorou o fato de a inflação de janeiro ter sido a mais baixa para o mês desde o início da série histórica. “Estamos em menos de nove meses de governo e conseguimos reduzir sensivelmente a inflação.”

O presidente repetiu o discurso de que apanhou “o Brasil em uma grandíssima recessão” e que “a premissa é sair dessa recessão”. “Quando assumimos o governo, queriam que os 12 milhões de desempregados estivessem empregados dois dias depois”, disse.

Ele voltou a afirmar que “a confiança vem sendo restabelecida”, em função de o atual governo ser um governo “reformista”. “Tomamos a decisão de adotar medidas que parecem incompreensíveis em um primeiro momento”, afirmou, garantindo que os benefícios dessas ações ficarão perceptíveis com o passar do tempo. Entre essas medidas, está o teto dos gastos.

Temer classificou ainda os déficits primários deste ano (R$ 139 bilhões) e do ano passado (R$ 170 bilhões) como “preocupantes”. “Queremos entregar daqui a dois anos, a quem venha, um país que esteja nos trilhos.”

Fonte: Valor


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