As 5 notícias que agitaram o Brasil e o mundo durante o Carnaval e que movimentarão esta 4ª

As 5 notícias que agitaram o Brasil e o mundo durante o Carnaval e que movimentarão esta 4ª

Confira no que você deve se atentar antes de operar na volta do feriado de Carnaval

POR LARA RIZÉRIO EM MERCADOS / ACOES-E-INDICES 01 mar, 2017 10h36 - Atualizada em 10h52
Resultado de imagem para As 5 notícias que agitaram o Brasil e o mundo durante o Carnaval e que movimentarão esta 4ª

SÃO PAULO - O mercado brasileiro volta aos poucos da "folia" de Carnaval, que mantém a Bovespa fechada até às 13h (horário de Brasília) desta Quarta-Feira de Cinzas. A sessão, mesmo mais curta, deve ser bastante movimentada, em meio ao agitado noticiário corporativo e também digerindo o movimento dos ADRs (American Depositary Receipts) na NYSE (New York Stock Exchange), que tiveram forte oscilação durante o feriado. Nesta sessão, as bolsas mundiais apontam para um dia positivo, em meio à fala considerada mais amena do presidente dos EUA e com dados melhores do que o esperado da indústria chinesa. Confira os principais destaques desta quarta-feira (1):

1. ADRs no feriado

O mercado brasileiro deve repercutir o movimento dos ADRs que, contudo, deve ter o impacto amenizado por conta da alta das bolsas mundiais nesta sessão. Na segunda-feira, o índice de ADRs Brazil Titans 20, que reúne os 20 papéis brasileiros mais negociados na NYSE fechou em alta de 0,41%, a 22.102 pontos, acompanhando o movimento positivo dos mercados internacionais. Naquela sessão, os ADRs da Petrobras fecharam praticamente estáveis, enquanto os da Vale tiveram alta de 0,86%. Os papéis de bancos também registram alta em sua maioria, com destaque para o Itaú Unibanco, que viu seus papéis em alta de 0,86%. Já na terça, os ADRs brasileiros fecharam em baixa expressiva, de 1,52%, com os mercados voltados para a fala de Trump na noite de terça ( veja mais no tópico 2): os papéis da Petrobras caíram 1,37%, enquanto os ativos da Vale tiveram baixa ainda mais expressiva, fechando com perdas de 2,45%, a US$ 10,35. Bancos também registraram queda, caso do Itaú, com baixa de 1,01, a US$ 12,79, enquanto os ativos do Bradesco fecharam em queda de cerca de 1,5%, a US$ 10,57.

Em destaque no radar econômico da última terça-feira, esteve o PIB dos EUA, que cresceu a uma taxa anual de 1,9 por cento, disse o Departamento de Comércio dos EUA nesta terça-feira, confirmando estimativa para o quarto trimestre divulgada no mês passado. A produção aumentou a uma taxa de 3,5 por cento no quarto trimestre. A economia cresceu 1,6 por cento para todo o ano de 2016, seu pior desempenho após 2011, e expansão de 2,6 por cento em 2015. Com o pacote de estímulo proposto pelo presidente Donald Trump, a economia pode receber um impulso, com corte de impostos e investimentos em infraestrutura, bem como menos regulamentação.

2. Bolsas Mundiais nesta quarta

A quarta-feira é de alta para as principais bolsas mundiais, com os mercados europeus registrando ganhos superiores a 1%, enquanto os mercados asiáticos registram maiores variações. Em destaque, esteve o primeiro discurso de Trump ao Congresso americano. Ele adotou um tom mais brando do que o de costume, o que foi bem recebido pelos mercados, que estavam temerosos e fecharam em baixa na última terça: ontem, o Dow Jones encerrou uma sequência de 12 sessões de altas de olho na fala do presidente. Na noite de ontem, Trump defendeu a redução da entrada de imigrantes com baixa qualificação profissional e destacou a presença, no plenário, de familiares de vítimas de crimes cometidos por estrangeiros sem documentação. Apesar disso, ele sugeriu que republicanos e democratas busquem um consenso para reformar o sistema de imigração.

Antes de ir ao Capitólio, o presidente conversou reservadamente com jornalistas na Casa Branca e foi mais explícito sobre o tema da imigração. Ele disse, encontro, segundo reportagem publicada pela rede de televisão CNN e pelo jornal The New York Times, que “este é o momento certo para uma projeto de lei de imigração, desde que haja compromisso de ambas as partes”. A afirmação marca uma mudança significativa na dura retórica adotada desde a campanha eleitoral, quando Trump prometeu deportar imigrantes ilegais. Cerca de 11 milhões de estrangeiros sem documentação vivem atualmente nos Estados Unidos. Por outro lado, Trump não ofereceu detalhes sobre seus planos para gastos com infraestrutura e reformas tributárias. Veja mais detalhes clicando aqui.

Já na China, atenção para a divulgação de dados melhores do que o esperado da indústria reforçaram sinais recentes de melhora econômica, mas os ganhos foram contidos por realização de lucros. A atividade industrial da China expandiu mais rápido do que o esperado em fevereiro, com o crescimento tanto da produção quanto das encomendas acelerando, mostraram nesta quarta-feira pesquisas Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). Analistas dizem que os resultados das pesquisas injetam uma dose de confiança no mercado, em um momento em que surgem temores de que a recuperação recente, provocada por estímulos do governo, tenha chegado a seu limite.

Às 10h29, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +1,18%

* CAC-40 (França) +1,71%

* DAX (Alemanha) +1,42%

* Xangai (China) +0,15% (fechado)

* Hang Seng (Hong Kong) +0,15 (fechado)

* Nikkei (Japão) +1,44% (fechado)

* Petróleo brent +0,30%, a US$ 56,71, o barril

* Minério de ferro negociado com 62% de pureza no porto chinês de Qingdao -0,01%, a US$ 91,26

3. Indicadores do dia

Nesta quarta-feira, às 10h30, saiu o primeiro grande indicador do mês: a inflação dos Estados Unidos medida pelo índice PCE (Personal Consumer Expenditure), que subiu 0,4% em janeiro, acima das expectativas de 0,2%. Excluindo alimentos e energia, o chamado núcleo do PCE apresentou avanço de 0,3% em janeiro, maior alta desde janeiro de 2012 e após subir 0,1% em dezembro. Por outro lado, os gastos do consumidor dos Estados Unidos subiram menos do que o esperado em janeiro uma vez que a maior alta mensal da inflação em quatro anos afetou o poder de compra das famílias, indicando crescimento econômico moderado no primeiro trimestre.Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,2% após alta de 0,5% em dezembro, enquanto os economistas esperavam alta de 0,3%. O indicador ganha um peso adicional porque pode afetar a decisão sobre juros do Fed. Às 16h, o livro Bege traz outras informações sobre a política monetária norte-americana e pistas a respeito da próxima reunião do FOMC (Federal Open Market Committee), que ocorre dia 15. Também sobre o Fed, Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, fala no Paul Quinn College em Dallas, às 15h. Já Lael Brainard, membro do “board” do Fed, fala sobre o cenário econômico e a política monetária na Universidade de Harvard às 20h.

Ainda no noticiário americano, às 11h45, o Markit divulgará os dados de manufatura dos EUA de fevereiro, com estimativa de 54,5, enquanto os dados do ISM de manufatura referentes ao mesmo mês serão revelados ao meio dia. No mesmo horário, destaque para os dados de gastos com construção nos EUA de janeiro, com estimativa de alta de 0,6%. Já às 12h30, serão revelados os dados de estoque de petróleo semanal, com estimativa de alta de 564 mil barris e de gasolina, com estimativa de queda de 2,6 milhões de barris.

Já no Brasil, nesta quarta-feira, o Banco Central divulga o relatório Focus, com a expectativa dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.

4. Noticiário político

Mesmo em meio ao feriado, o noticiário político seguiu movimento, em meio às notícias sobre a mais nova crise política que abateu o governo na semana passada e que ameaça Eliseu Padilha, Na última quinta-feira, o amigo e assessor presidencial de Temer, José Yunes, afirmou que foi "mula involuntária" do ministro da Casa Civil ao receber um pacote em seu escritório, a pedido de Padilha, do doleiro Lúcio Funaro. Padilha, que está em licença médica, é o principal articulador de Temer no Congresso e pode nem mesmo voltar a reassumir o cargo em meio à nova crise. Com isso, Temer terá que assumir o comando das negociações das reformas que tramitam na Câmara, em especial a da Previdência, como destacou o jornal O Globo de hoje.

Falando em reforma da previdência, metade dos deputados que compõem a comissão especial que analisa o texto enviado pelo governo Michel Temer para reforma da Previdência são contra a exigência por idade mínima de 65 anos para aposentadoria, enquanto a maioria também é resistente a apoiar pontos considerados cruciais da proposta. Segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, 18 dos 36 integrantes do colegiado não concordam com a determinação etária, sendo que sete deles defendem idade inferior a 65 anos.

O mercado ainda fica de olho na lista do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Conforme destacou a colunista do Estadão, Vera Magalhães, o PGR agiliza para finalizar os procedimentos e divulgar a segunda versão da lista de investigados contra autoridades com foro privilegiado, como a de 2015, que ficou conhecida como a Lista de Janot.

Ainda em destaque, a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral vai tomar o depoimento nesta quarta do empresário Marcelo Bahia Odebrecht na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) 194358, que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, reeleita em 2014. O depoimento, cercado de grande expectativa, deverá ter início às 14h30 na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Por fim, a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral vai tomar o depoimento nesta quarta-feira de Cinzas, 1, do empresário Marcelo Bahia Odebrecht na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) 194358, que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, reeleita em 2014. O depoimento, cercado de grande expectativa, deverá ter início às 14h30 na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Curitiba, base da Operação Lava Jato (veja mais clicando aqui).

5. Noticiário corporativo

O noticiário corporativo é movimentado, com repercussão de notícias que vão desde o fechamento da última sexta-feira até a manhã desta quarta. Na noite de sexta, a Petrobrasanunciou a redução do preço da gasolina em 5,4% em média e do diesel em 4,8% nas refinarias. A mudança passou a valer a partir da zero hora do último sábado. Segundo a petroleira, se o ajuste for repassado integralmente e não houver alteração nas demais parcelas ao consumidor final, o diesel pode cair 3%, ou R$ 0,09 por litro em média, e a gasolina 2,3%, ou R$ 0,09 o litro. Além disso, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a celebração de acordos para encerrar quatro ações individuais propostas perante a Corte Federal de Nova York, nos EUA, informou a companhia em um comunicado ao mercado. Com o anúncio, a Petrobras afirmou já ter alcançado acordo para 19 ações individuais, de um total de 27, que foram consolidadas com a class action.

Já a Vale informou que a seleção do sucessor de Murilo Ferreira, que deixa a presidência da empresa em maio, ocorrerá em conformidade com as regras de governança atualmente vigentes e contará com apoio de uma empresa internacional de seleção de executivos. Em um comunicado, o colegiado afirmou ainda que a nomeação do novo diretor-presidente ocorrerá em reunião do Conselho de Administração. A empresa não informou datas. Durante o feriado, a GBM elevou o preço-alvo para os ADRs da Vale de US$ 7 para US$ 10,70 por ação, em meio à alta do minério de ferro. A mineradora ainda destacou que a companhia investiu em projetos atraentes, alienou ativos não essenciais e reduziu a alavancagem. Por outro lado, a GBM mantém rating de mercado de baixo desempenho após “incrível rali” em ações, além de citar o excesso de oferta estrutural no mercado de minério de ferro como risco.

Ainda no noticiário, a PDG chamou AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em 27 de março para/ratificar pedido de recuperação judicial. Já no radar de resultados, atenção para a AES Eletropaulo: a companhia teve um lucro líquido de R$ 19,4 milhões no quarto trimestre, numa alta de 75,7% em relação a igual período de 2015. Já a receita líquida caiu 11,3% no quarto trimestre, na comparação anual, somando R$ 3,06 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 228,1 milhões de outubro a dezembro, alta de 32,1%.

Fonte:
(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)-http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/6185377/noticias-que-agitaram-brasil-mundo-durante-carnaval-que-movimentarao-esta


Comentários