Sobe para seis número de frigoríficos interditados na Operação Carne Fraca

Sobe para seis número de frigoríficos interditados na Operação Carne Fraca

Média diária de exportações de carne brasileira caiu 19%.
Exames realizados até agora não revelaram risco para consumidores.

Edição do dia 27/03/2017-27/03/2017 22h02 - Atualizado em 27/03/2017 22h02
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Subiu para seis o número de frigoríficos interditados na Operação Carne Fraca, mas o governo anunciou que os exames realizados até agora não revelaram nenhum risco para os consumidores.

A média diária de exportações da semana passada foi de US$ 50 milhões, queda de 19% em comparação com a média das outras três semanas de março.

Apesar das restrições impostas por alguns países, o Brasil enviou para fora na semana passada os três tipos de carnes. Os produtos foram enviados para, principalmente, Arábia Saudita (12%), Rússia (10%), Hong Kong (9%), Japão (8%) e China (8%). A China, no sábado (25), reduziu a restrição apenas aos 21 frigoríficos envolvidos no escândalo.

O comissário da União Europeia para assuntos de saúde e segurança de alimentos, em visita ao Rio de Janeiro, disse que pretende ajudar o Brasil a restaurar a credibilidade no mercado internacional. Na terça-feira (28), ele terá um encontro em Brasília com o ministro da Agricultura. A União Europeia suspendeu temporariamente a exportação de carnes dos frigoríficos investigados.

O governo decidiu interditar mais três empresas investigadas por não atenderem às exigências técnicas na produção dos alimentos, subindo, agora, para seis o total de unidades que foram obrigadas a paralisar a produção: uma unidade da empresa Souza Ramos, em Colombo, no Paraná; uma dos laticínios SSPMA, em Sapopemba, no Paraná; uma unidade da Farinha de Carne Castro, em Telêmaco Borba, também no Paraná.

Já estavam interditadas duas da Peccin, sendo uma unidade em Curitiba e outra em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina; e uma unidade da BRF, em Mineiros, Goiás. A BRF é dona das marcas Sadia e Perdigão.

O ministro da Agricultura disse que 174 amostras de carne foram recolhidas nos 21 frigoríficos investigados pela Polícia Federal, entre eles está também o grupo de alimentos JBS, dono das marcas Friboi, Big Frango, Swift e Seara. A JBS não teve nenhuma unidade interditada.

Os laudos de todas as amostras recolhidas devem sair em duas semanas. O ministro disse que as análises preliminares feitas nos três frigoríficos interditados na semana passada, os dois da Peccin, um em Curitiba e outro em Jaraguá do Sul, e a unidade da BRF, em Mineiros, Goiás, não indicaram nenhum risco ao consumo.

“Não há até este momento em tudo que nós recolhemos nos dos 12 laudos das 174 amostras recolhidas qualquer tipo de anormalidade que possa fazer mal à saúde humana com o consumo desses produtos”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Blairo Maggi recebeu os superintendentes de Agricultura nesta segunda-feira (27) para passar uma determinação clara: não vai aceitar interferências políticas nos estados. Blairo pediu um relato de possíveis pressões políticas nas superintendências e alertou que quem se omitir agora pode ser responsabilizado no futuro.

Dos 27 superintendentes, 17 não são de carreira e chegaram aos cargos por indicação política.

“As pessoas podem ter chegado a esse posto com o apoio político, porém, a responsabilidade deles é para com o Brasil, é para com o Ministério da Agricultura, e que eles não façam e não sigam o caminho de atender pleitos políticos e coisas técnicas. Coisas técnicas são resolvidas com os técnicos da estrutura do Ministério da Agricultura e não tem que ficar fazendo favor político para cá e para lá”, declarou Blairo.

A Indústria de Laticínios SSPMA afirmou que a interdição não se justifica e alega que a produção atende às certificações e padrões de qualidade.

A Fábrica de Farinha de Carne Castro reconheceu que houve uma falha no processamento da carne e afirmou que a punição poderia ter sido uma multa ou uma advertência.

A JBS declarou que a Operação Carne Fraca não identificou nenhum problema nos produtos dela e que segue os mais rígidos padrões de qualidade e de segurança alimentar.

A BRF informou que espera o resultado da análise feita na semana passada na unidade de Mineiros, em Goiás, e que criou um grupo para atestar, mais uma vez, a adesão da empresa aos padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente.

O frigorífico Souza Ramos informou que está fechado há uma semana.

O frigorífico Peccin não quis se manifestar.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/03/sobe-para-seis-numero-de-frigorificos-interditados-na-operacao-carne-fraca.html

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