Interesse pela Azul é exemplo que Brasil voltou a ser interessante, diz presidente

Interesse pela Azul é exemplo que Brasil voltou a ser interessante, diz presidente

O presidente da Azul, Antonoaldo Neves, avalia que o interesse de investidores pela abertura de capital da companhia (IPO, na sigla em inglês) é um indicativo de que o Brasil está saindo da recessão econômica.

11/04/2017 - 13H33 - ATUALIZADA ÀS 13H38 - POR AGÊNCIA O GLOBO
ANTONOALDO NEVES, PRESIDENTE DA COMPANHIA AÉREA AZUL (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)

"Para o Brasil, o IPO da Azul é um marco histórico. É um exemplo que investir no Brasil voltou a ser interessante", disse ele, durante a cerimônia de início de negociações das ações da companhia, sob o código de Azul4.

A empresa concluiu nesta segunda-feira (10) o seu IPO e levantou R$ 2 bilhões, o que representa a maior abertura de capital desde 2013 (a BB Seguridade levantou R$ 11 bilhões). O preço de cada ação saiu a R$ 21.

Segundo o executivo, o IPO ocorreu porque as condições de mercado permitiram e que os recursos que ficarão no caixa da empresa a deixarão mais estruturado para o crescimento futuro.

"Há dois anos, quando a crise começou, a palavra que usamos foi resiliência. Não seríamos derrubados pela crise", afirmou, mas sem dar detalhes sobre o uso específico dos recursos levantados.

Sobre a intenção do governo abrir o mercado aéreo para o capital estrangeiro, elevando o limite de 20% para 100%, Neves afirmou que é preciso conhecer melhor a proposta.

"Temos discutido muito com o governo, mas temos que saber todas as variáveis dessa proposta e não só o capital. Isso tem que ser feito de forma sistemática", explicou, dizendo que se o limite for elevado para 100%, é preciso saber como ficar os acordos de “céus abertos” com outros países.

O presidente da B3 (empresa fruto da fusão de BM&FBovespa e Cetip), Edemir Pinto, afirmou que o IPO da Azul mostra o interesse do estrangeiro pelo Brasil. Segundo ele, cerca de 80% do valor da operação é provenientes de estrangeiros e a demanda superou em quase cinco vezes a oferta.

"O empresário e o investidor brasileiro vão demorar um pouco mais para investir, mas o estrangeiro já começou a fazer isso porque olha mais o longo prazo", avaliou.

Ele espera que as ofertas de ações (incluindo aquelas de empresas já listadas na Bolsa) somem R$ 25 bilhões neste ano, mas o número pode subir se a reforma da previdência for aprovada até junho.

"Se a reforma for aprovada dentro do prazo, não tenho dúvidas que esse número ficará aquém. Vamos ter uma avalanche de investidores estrangeiros", afirmou.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2017/04/interesse-pela-azul-e-exemplo-que-brasil-voltou-ser-interessante-diz-presidente.html

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