Polícia investiga se morte no MT tem ligação com ‘Baleia Azul’

Polícia investiga se morte no MT tem ligação com ‘Baleia Azul’

Adolescente de 16 anos foi encontrada morta em represa e polícia vê indícios de que ela poderia estar envolvida com o suposto jogo

Por Da Redação, 14 abr 2017, 15h04 - Atualizado em 14 abr 2017, 17h54

Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos (Reprodução)

São Paulo – Um suposto jogo na internet tem deixado pais de jovens preocupados no mundo inteiro. O “Baleia Azul” aparentemente surgiu na Rússia e se espalhou para outros países, inclusive o Brasil.

Difundido nas redes sociais, a ideia do jogo seria propor 50 desafios diários macabros aos participantes. Entre eles, a automutilação, fazer fotos vendo filmes de terror e forçar doenças. A tarefa final seria tirar a própria vida.

No YouTube, são mais de 56 mil vídeos sobre o assunto e há vários grupos fechados no Facebook com adolescentes comentando o tema. Autoridades de alguns países, como a Inglaterra, já emitiram alertas sobre o jogo.

Aqui no Brasil, segundo o site da Revista Veja, a polícia civil de Vila Rica, a 1.270 km de Cuiabá (MT) está investigando se a morte da adolescente Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos, tem relação com o “Baleia Azul”.

A jovem foi encontrada morta na última terça-feira (11) dentro de uma represa de Vila Rica. Segundo a publicação, a menina teria saído de casa sozinha, apenas com a roupa do corpo, por volta de 3h15, sem celular ou dinheiro.

Em entrevista a Veja, o delegado André Rigonato, responsável pela investigação, disse que nenhuma hipótese está descartada. De acordo com ele, há fortes indícios de que a jovem tenha se envolvido no jogo, uma vez que ela deixou duas cartas onde falava sobre as regras e a cronologia das ações a serem cumpridas.

Maria de Fátima também tinha hematomas pelo corpo e cortes nos braços e coxas. “A investigação ainda está no começo. Foi feita a perícia no local e solicitamos exames necroscópico e toxicológico para atestar a causa da morte, para saber se ela não usou nenhum medicamento ou alguma substância”, disse o delegado a Veja.

Rigonato afirmou ainda que a polícia apreendeu as cartas para análise e o celular da adolescente. Ao menos dois grupos de WhatsApp da cidade estão sendo monitorados pela polícia. O ato de induzir, instigar ou auxiliar o suicídio é crime, e a pena prevista é de dois a seis anos de prisão.

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/policia-investiga-se-morte-no-mt-tem-ligacao-com-baleia-azul/

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