Biografia de Eike revela que Flávia Sampaio chantageou o empresário ao descobrir seu fetiche por garotas de programa
Biografia de Eike revela
que Flávia Sampaio chantageou o empresário ao descobrir seu fetiche por garotas
de programa
Chega amanhã às livrarias
de todo o Brasil o livro ‘Tudo ou Nada — Eike Batista e a Verdadeira História
do Grupo X’. Em um dos trechos da biografia, escrita pela jornalista Malu
Gaspar, a autora revela que Flávia Sampaio — então namorada do ex-bilionário —
chantageou Eike depois de descobrir que ele a traía com garotas de programa.
Em um “sábado de verão”,
ela foi até o escritório de Eike e invadiu o computador da secretária, que
usava a senha padrão da empresa. No PC, Flávia encontrou catálogos de
prostitutas e mensagens comprometedoras. Algumas meninas e seus agenciadores
perguntavam à secretária se o “cliente” havia gostado do atendimento. Elas
ainda se colocavam à disposição para novas aventuras com o empresário. Flávia
não perdeu tempo e fez cópias de tudo o que encontrou para depois chantagear o
namorado.
Para evitar que um
escândalo como esse viesse à tona, Eike cedeu às exigências de Flávia. Em troca
do seu silêncio, ela passou a morar em um amplo apartamento na Vieira Souto,
com direito a um carro na garagem, juras de amor eterno e até uma clínica de
estética. O empreendimento, que consumiu em 2010 investimentos de R$ 15 milhões
e nunca deu lucro, fechou de forma repentina dois anos depois. Além disso, seu
escritório de advocacia — o Sampaio, Morrison & Boquimpani Advogados
Associados — foi contratado para prestar serviços a todas as companhias do grupo
de Eike. De cada empresa, o escritório recebia cerca de R$ 20 mil por mês
fixos. Esse valor podia aumentar dependendo do tipo de assessoria prestada.
Vale lembrar que, nessa época, Eike tinha seis empresas abertas com ações na
Bolsa de Valores.
“Sua prioridade nesse
terreno, porém, era ainda Flávia Sampaio. O último ano e meio do relacionamento
havia sido tumultuado. Tudo começara no início de 2009, com uma crise que
beirara o escândalo, poucos meses antes. Embora consciente da vida atribulada
do namorado, ela passara a ter alguns ataques de ciúmes ao perceber que nem
todas as ausências dele tinham a ver com negócios. E, num sábado de verão,
decidiu tirar suas desconfianças a limpo. Junto com a mulher de um executivo de
quem se tornara amiga, e que era funcionária da área de informática do grupo X,
entrou no escritório de Eike e conseguiu, por meio de uma senha padrão, ter
acesso aos e-mails de uma das secretárias do empresário. E o que descobriu a
deixou possessa: entre agendas e compromissos de trabalho, havia uma boa
quantidade de catálogos virtuais com fotos de garotas de programas de diversos
locais do Brasil. Em algumas mensagens, as próprias meninas e seus agenciadores
perguntavam à secretária se o “cliente” gostara do atendimento e se colocavam à
disposição para novas aventuras. Com cópias de tudo aquilo nas mãos, Flávia
ameaçou fazer um escândalo de grandes proporções.”
*“Acalmá-la exigira de
Eike e de seus pretórios, alguns dos quais acionados em caráter de emergência
fora do país, esforço digno de um IPO (oferta pública de ações). Até mesmo
familiares da moça foram envolvidos na operação, que acabaria com Flávia
instalada em um confortável apartamento na orla de Ipanema, com um novo carro
esporte na garagem, com promessas do empresário de abrir um negócio próprio
para ela e, claro, com juras de amor eterno. Aquilo representava um “upgrade”
em comparação ao acordo que tinham havia dois anos, desde 2007. Tratava-se de
um documento em que declaravam não serem casados nem terem uma relação de união
estável. Eram apenas namorados, e, se o namoro terminasse, ele se comprometia a
pagar 1 milhão de reais à moça.”
*“Em decorrência do novo
acerto, feito apenas informalmente, Flávia ganharia, em outubro de 2010, uma
clínica de beleza para administrar — a Beaux, um amplo e luxuoso centro de
tratamentos estéticos que oferecia spa, champanhe à vontade e serviço de
manicure a 90 reais. O empreendimento, que consumiu investimentos de 15 milhões
de reais, mas nunca deu lucro, fecharia de forma repentina em fevereiro de
2012. Ela, porém, não precisava se preocupar, pois seu “namo”, como o chamava,
bancaria tudo. Nessa mesma época, aliás, seu escritório de advocacia — o
Sampaio, Morrison & Boquimpani Advogados Associados — foi contratado
formalmente para prestar serviços a todas as companhias do grupo. Recebia, de
cada uma, cerca de 20 mil por mês fixos, que podiam aumentar a depender do tipo
de assessoria prestada. Embora financeiramente insignificante perto da pujança
das empresas X na bolsa, aquele era um privilégio que nenhum outro assessor
jurídico do grupo tinha.”
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