A mãe de Juquinha chegou
na escola e foi conversar com a diretora.
- Juquinha precisa
passar. Se ele não passar vou ser apontada como uma mãe displicente e posso até
perder a guarda dele.
- Olhe, infelizmente não podemos fazer nada mais. A média da escola é 7, ainda temos a média final que dá um desconto, passando o aluno que tem média cinco.
- Sim, mas isso não é suficiente.
- Não, Juquinha teria uma média negativa, de tanto ponto que perdeu e das péssimas notas. Não podemos passá-lo.
- Sim, vocês podem e vão.
- Olha, é impossível, é uma regra da escola e...
- Regra que vocês vão mudar.
- Não posso mud...
- Pode e vai. Eu sou a maior patrocinadora dessa escola. Sem minhas doações essa escola não existe. Se vocês não resolverem eu vou quebrar a escola e vou fazer com que você nunca mais seja diretora em lugar nenhum na sua vida.
- Mas... mas... olhe... eu...
- Você vai baixar a média pra passar.
- Não vai resolver, ele não atingiria a meta de jeito algum.
- Então acabe com a meta.
- Acabar com a meta?! Mas como vou avaliar meus alunos?
- É problema seu.
- Mas não pode ser feito, precisa haver uma meta, algo que determine se o aluno foi bem ou mal!
- Você vai tirar o termo meta, use resultado.
- Ainda assim...
- E não determine o resultado. Vai ficar assim "o aluno precisa apresentar um resultado ao final do ano". Pronto.
- Mas dessa forma qualquer resultado serve! Precisamos dizer um bom resultado e determinar o que seria um bom resultado.
- Precisam nada. Vai ficar assim. Resultado.
- Mas dessa forma qualquer resultado passaria o aluno, um resultado bom ou um ruim. Isso não mede nada!
- Não, não mede, mas vai me impedir de perder a guarda dele e ser criticada.
- Isso vai prejudicar todos os outros alunos. Todos eles vão querer ser avaliados assim.
- Isso não é problema meu. Juquinha vai passar!!!!
- Meu Deus...
- Olhe, infelizmente não podemos fazer nada mais. A média da escola é 7, ainda temos a média final que dá um desconto, passando o aluno que tem média cinco.
- Sim, mas isso não é suficiente.
- Não, Juquinha teria uma média negativa, de tanto ponto que perdeu e das péssimas notas. Não podemos passá-lo.
- Sim, vocês podem e vão.
- Olha, é impossível, é uma regra da escola e...
- Regra que vocês vão mudar.
- Não posso mud...
- Pode e vai. Eu sou a maior patrocinadora dessa escola. Sem minhas doações essa escola não existe. Se vocês não resolverem eu vou quebrar a escola e vou fazer com que você nunca mais seja diretora em lugar nenhum na sua vida.
- Mas... mas... olhe... eu...
- Você vai baixar a média pra passar.
- Não vai resolver, ele não atingiria a meta de jeito algum.
- Então acabe com a meta.
- Acabar com a meta?! Mas como vou avaliar meus alunos?
- É problema seu.
- Mas não pode ser feito, precisa haver uma meta, algo que determine se o aluno foi bem ou mal!
- Você vai tirar o termo meta, use resultado.
- Ainda assim...
- E não determine o resultado. Vai ficar assim "o aluno precisa apresentar um resultado ao final do ano". Pronto.
- Mas dessa forma qualquer resultado serve! Precisamos dizer um bom resultado e determinar o que seria um bom resultado.
- Precisam nada. Vai ficar assim. Resultado.
- Mas dessa forma qualquer resultado passaria o aluno, um resultado bom ou um ruim. Isso não mede nada!
- Não, não mede, mas vai me impedir de perder a guarda dele e ser criticada.
- Isso vai prejudicar todos os outros alunos. Todos eles vão querer ser avaliados assim.
- Isso não é problema meu. Juquinha vai passar!!!!
- Meu Deus...
Ficção? Não. A mãe de
Juquinha, prepotente e sem noção, existe. É o governo federal. É exatamente
isso que está acontecendo na Câmara agora. A base aliada está mudando a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, eliminando a meta a ser atingida (o que permite
avaliar a gestão), mudando o termo meta por resultado sem ao menos definir que
resultado seria esse. Um absurdo fiscal para impedir Dilma - que nem de longe
atingiu as metas definidas - a ser enquadrada na lei de responsabilidade
fiscal.
Para livrar a cara da
presidente estão terminando com um dos mais eficientes mecanismos para controle
de gestão pública.
Se isso não o envergonha
de ser brasileiro nesse momento nada mais o fará.
Comentários
Postar um comentário