Rio de Janeiro
Depois das vigas da Perimetral,
54 trens somem no Rio
Relatório revela que carros antigos
desapareceram de patrimônio do governo do estado e da Supervia, concessionária
do serviço. Leilão dos vagões poderia render milhões de reais aos cofres
públicos
Thiago Prado, do Rio
de Janeiro
Passageiros
na estação São Cristóvão da Supervia (Marcelo Piu/Ag. O
Globo-04/02/2014/VEJA)
(Atualizado às 23h51)
Mais
um mistério envolvendo o desaparecimento de toneladas de aço ronda o Rio de
Janeiro. Um relatório concluído no mês passado por técnicos da Secretaria de
Transportes do governo revela que um lote de cinquenta e quatro carros de
trens antigos – substituídos por novos – não foi encontrado no patrimônio
do próprio estado ou da Supervia, concessionária responsável pela malha
ferroviária fluminense. Quando um vagão é trocado, o contrato de concessão
prevê um leilão da composição e o repasse do dinheiro arrecadado para os cofres
públicos. É o segundo caso deste tipo que vem à tona em menos de um ano – em
outubro, sumiram sem qualquer explicação seis vigas de aço que eram do elevado
do Perimetral, demolido para a revitalização da Zona Portuária da cidade.
A
venda de vagões velhos poderia ser revertida em uma bolada para o governo
fluminense. Para ilustrar o prejuízo, o documento feito por quatro técnicos da
Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) relembra
um leilão feito em 2005 de 83 carros que levantou 60,3 milhões de reais. Os
vagões que sumiram, segundo o relatório, são da série 800 e entraram em
circulação comercial entre 1980 e 1984. Os carros foram trocados por novos
entre os governos de Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral.
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