Em
Brasília, ignoram o povo e aumentam os próprios salários em até R$ 35,9 mil por
mês
Brasil dos marajás que usam o povo para se
manterem por décadas no poder>>>
Após duas semanas de indefinição, deputados chegaram a
um acordo na terça-feira (16) sobre o reajuste dos integrantes do Legislativo e
do Judiciário.
O acordo prevê que seja colocada em votação ainda hoje
uma proposta aumentado os salários de deputados, senadores, ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República para R$ 33,7
mil. Já a presidenta Dilma Rousseff, o vice Michel Temer e os ministros de
Estado receberão um pouco menos, R$ 30,9 mil. Para valer, o projeto precisa ser
aprovado na Câmara e no Senado.
No Legislativo, o valor de R$ 33,7 mil
valerá para os próximos quatro anos. Atualmente, deputados e senadores
recebem R$ 26,4 mil mensais, fora benefícios como a cota de uso parlamentar,
imóveis funcionais e auxílios variados. Percentualmente, equivale a 26,33%, o
acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos
quatro anos. “Nós reajustaremos apenas a inflação dos últimos quatro anos”,
afirmou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ).
JUDICIÁRIO TAMBÉM GANHA AUMENTO
Já no Judiciário, que buscava um aumento maior, o
valor será apenas para 2015. Inicialmente, o projeto enviado pelo presidente do
STF, Ricardo Lewandowski, reajustava dos atuais R$ 29,4 mil para R$ 35,9 mil.
Boa parte dos deputados e senadores queriam os mesmos valores. Foi cogitada,
inclusive, a votação de uma proposta de emenda à Constituição nivelando os
contracheques dos três poderes e tornando a majoração automática. Porém, acabou
vencendo a tese defendida por Henrique Alves, de reajustar pelo acumulado do
IPCA.
“Eu hoje mantive contato com o presidente do Supremo,
com o procurador-geral da República e fiz um apelo a eles para que também
concordassem com esse reajuste, estabelecendo o mesmo valor do poder
Legislativo para o próximo ano, e recebi a compreensão de ambos”, disse
Henrique Alves após reunião com líderes da Câmara. A estimativa inicial do
Judiciário era que o impacto no poder fosse de R$ 872,3 milhões. Porém, com a
diminuição do valor, o peso será menor.
Originalmente, a articulação de deputados e senadores
incluiria também os salários do Executivo. A presidenta Dilma Rousseff, o vice
Michel Temer e os ministros de Estado teriam os mesmos vencimentos. Isto foi
conversado com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na semana passada.
Porém, Mercadante enviou uma mensagem à Câmara hoje pedindo que os
contracheques chegassem a R$ 30,9 mil. Percentualmente, equivale a 15,76% de
reajuste. (Via Congresso em Foco)
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