Petrobras
pode ir à falência se
perder ação bilionária movida contra ela nos EUA.
Aqui, em inglês,
a ação movida pela Wolf Popper, um dos mais poderosos escritórios de advocacia
dos Estados Unidos.
O
escritório de advocacia norte-americano Wolf Popper LLP entrou com uma ação
coletiva contra a Petrobras em Nova York em nome de todos os investidores que
compraram ADRs (recibos que representam ações de uma empresa na Bolsa de NY) da
companhia entre maio de 2010 e 21 de novembro de 2014.
De
acordo com a ação, a Petrobras violou artigos a lei que regula o mercado de
capitais dos Estados Unidos, a Securities Exchange Act, ao emitir declaração
falsas e enganosas e não revelar "a cultura de corrupção dentro da
companhia, com um esquema multibilionário de lavagem de dinheiro e subornos
desde 2006."
O
processo afirma que a companhia exagerou ao declarar o valor de suas
propriedades e equipamentos no balanço financeiro em decorrência do
superfaturamento de contratos. "O preço das ações da Petrobras caiu de
cerca de US$ 19,38 em 5 de setembro de 2014 para US$ 10,50 em 24 de novembro de
2014, um declínio de US$ 8,88 por ação, ou 46%", diz o documento.
Ao
longo de todo o período citado pela ação, o preço dos papéis da Petrobras
registrou queda de 69%, passando de US$ 34,30 em 21 de maio de 2010 para US$
10,84 em 21 de novembro deste ano.Qualquer pessoa que tenha ADRs da companhia
pode propor uma ação contra a Petrobras para recuperar os prejuízos sofridos.
Para vencer o processo, os responsáveis por ele terão de provar que os esquemas
de corrupção eram conhecidos pelos diretores da companhia e que a perda dos
acionistas foi consequência direta do escândalo.
Na
ação, os advogados da Wolf Popper afirmam que "o momento e a magnitude da
queda das ações negam qualquer alegação de que as perdas sofridas tenham sido
causadas por uma piora nas condições do mercado, fatores macroeconômicos ou da
indústria, ou fatos específicos da companhia que não tenham relação com a
conduta fraudulenta."
Em
geral, casos como este terminam em acordo, com a empresa ressarcindo a maior
parte dos prejuízos aos acionistas. Procurado, o advogado responsável pela
ação, Robert Finkel, não retornou as ligações da reportagem. (Folha de São
Paulo)
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