CPFL, Light, Copel, Cemig, Ampla e Eletropaulo receberam ordem para diminuir fornecimento de energia; cortes atingem SP, RJ, ES, MG, GO, PR, SC e RS
CPFL, Light, Copel, Cemig, Ampla e Eletropaulo receberam ordem para diminuir fornecimento de energia; cortes atingem SP, RJ, ES, MG, GO, PR, SC e RS
As distribuidoras de energia CPFL, Copel, Light, AES
Eletropaulo, Ampla e Celesc estão entre as concessionárias de energia que
confirmaram ter recebido ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
para cortarem carga de eletricidade distribuída em vários Estados do país nesta
segunda-feira. A redução no fornecimento de energia ocorreu na capital federal,
Brasília, e em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. As empresas afirmaram que não sabiam os motivos para o corte de
carga, que já começou a ser restabelecida em áreas atingidas. Segundo elas, a
redução no fornecimento ocorreu em locais não prioritários, evitando
hospitais e indústrias, por exemplo – os transportes públicos, no entanto,
foram atingidos em São Paulo, onde trens e estações do metrô pararam de funcionar.
O corte seletivo de carga ocorreu dentro do denominado ERAC
(Esquema Regional de Alívio de Carga), sistema de proteção coordenado pelo ONS,
que determina às concessionárias de energia elétrica cortes em estágio, com o
objetivo de preservar o fornecimento do sistema, informou a concessionária
CPFL. Houve corte de 800 megawatts (MW) nas áreas de concessão da CPFL nos
Estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul, de 530 MW na área da Copel no
Paraná e 700 MW na área da AES Eletropaulo (SP). A Light, que atende
o Rio de Janeiro, informou que houve redução de 500 MW. A Ampla, que distribui
energia a Niterói e em parte do interior do Rio, disse que recebeu
notificação para efetuar um corte de cerca de 100 MW.
Na Celesc, em Santa Catarina, o corte de carga foi de 150 MW.
A CEB, que distribui energia em Brasília, disse que foram cortados 113 MW. Já a
Celg, em Goiás, informou a redução de 200 MW. A Elektro, que
atende 223 municípios em São Paulo e cinco no Mato Grosso do
Sul, informou uma interrupção de 200 MW. A EDP Bandeirante, que
abastece o Alto do Tietê, o Vale do Paraíba e parte do litoral norte de São
Paulo, também confirmou a redução no fornecimento, sem informar a carga
limitada. A Eletrobras, que opera apenas na região Nordeste,
disse que não recebeu nenhuma determinação.
No Estado de São Paulo, houve relatos de falta de energia em
cidades como Santos, Campinas, Jundiaí, Ribeirão Preto. Na
capital paulista, a falta energia atingiu bairros como Santa
Cecília, Campos Elíseos, Pinheiros e Vila Mariana. No Rio de Janeiro, segundo a
Ampla, cerca de 180.000 clientes de 13 municípios – São Gonçalo,
Saquarema, Petrópolis, Cabo Frio, Araruama, Campos dos Goytacazes, Iguaba,
Mangaratiba, Duque de Caxias, Niterói, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e
Itaboraí – foram afetados. Também houve problemas no fornecimento em
Londrina, no Paraná, e Guarapari, no Espírito Santo. O incidente acontece
num momento de baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e de crescente
temor de um racionamento de energia no país, diante do baixo nível de chuvas e
temperaturas recordes nas regiões em que ficam importantes usinas geradoras de
eletricidade e centros de consumo de energia.
Segundo a Climatempo, o fim de semana teve temperaturas elevadas
em todo o país, registrando recordes de calor em diversas capitais brasileiras,
algo que se repetiu nesta segunda-feira. A capital paulista, por exemplo,
registrou 36,6 graus de temperatura máxima, maior de 2015 e a quarta maior para
um mês de janeiro na história das medições, em 1943. Altas temperaturas
motivam o maior consumo de eletricidade, diante do uso de equipamentos de
refrigeração. O site de VEJA tentou entrar em contato com o ONS, mas
não obteve retorno. O Ministério de Minas e Energia afirmou que compete à
ONS dar mais detalhes.
Metrô
Em São Paulo, durante a tarde, duas estações da Linha
4-Amarela do metrô tiveram que ser fechadas devido à falta de energia
elétrica, segundo o Consórcio Via Quatro, que administra o trecho. As estações
Luz e República foram fechadas às 15h20, mas já funcionam normalmente. As
demais estações da mesma linha (Paulista, Fradique Coutinho, Faria Lima,
Pinheiros, e Butantã) operavam com velocidade reduzida. A falta de
energia, segundo a concessionária, afetou a região da Luz, no centro da
capital. Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), as demais
linhas da cidade não foram atingidas. A Linha 4-Amarela é a única concedida à
iniciativa privada.
Por Reinaldo Azevedo
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