De
paradoxo em paradoxo
Saudação do Foro de São Paulo: O sorriso debochado dos chefes de
estado da América Latrina, ligados ao Foro de São Paulo, fazendo o gestinho
mensaleiro-comunista do punho esquerdo erguido...
Por Paulo Roberto Gotaç
A Junta Internacional
de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), estabelecida em 1968, é um órgão de
fiscalização independente para implementação das Convenções Internacionais das
Nações Unidas de controle de drogas.
Seu último relatório constata que o tráfico e
o crime organizado relacionado às drogas continuam a constituir flagelos para
diversos países, Brasil incluído, da América Latina, região onde se situam,
segundo o mesmo relatório, os três maiores produtores de cocaína no mundo, com
a Bolívia ocupando o segundo lugar, abaixo somente do Peru.
Pode-se então afirmar que eles são os
principais responsáveis pelo esfacelamento de grandes parcelas de muitas
sociedades mundo afora, resultando na morte ou na degradação de milhões de
pessoas, principalmente jovens.
Assim, o trabalho de somente um traficante
pode resultar em uma quantidade incalculável de sofrimento.
A condenação à morte pela justiça do estado
independente da Indonésia, comprometido com uma política de tolerância zero
contra as drogas, do traficante brasileiro Marco Archer, provocou uma
manifestação indignada da Presidente Dilma que até ameaçou empanar as relações
entre os dois países.
Por outro lado, sem que a sociedade brasileira
tenha ainda entendido o motivo, face à necessidade de o Brasil restabelecer a
confiança de sua combalida economia diante da comunidade internacional, a
Presidente recusou-se a a comparecer à Conferência de Davos, preferindo
prestigiar a posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, eleito, como ela,
para o terceiro mandato.
E aí fica o paradoxo: por que indignar-se pela
morte de um traficante se dá prioridade a um evento que representa a
aprovação indireta a um processo criminoso que, neste exato momento, pode estar
provocando a morte sem sentença de inúmeros seres humanos nos mais diversos
países?
E, dessa forma, de paradoxo em paradoxo, vamos
deslizando para um caminho aparentemente sem volta.
Talvez o Papa Francisco nos salve.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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