“Pátria Educadora” é só mais um escárnio gerado pelo cruzamento da cabeça baldia de Lula com o neurônio solitário de Dilma
“Pátria
Educadora” é só mais um escárnio gerado pelo cruzamento da cabeça baldia de
Lula com o neurônio solitário de Dilma
O ex-presidente
Lula menospreza o estudo, odeia leitura e não sabe escrever. Acha que
acumulação de conhecimentos é coisa de granfino desocupado e nunca foi além da
orelha de um livro. Quatro manuscritos rabiscados em 60 anos informam que,
submetido a uma prova de redação do Enem, entraria para a história universal da
ignorância como detentor da primeira nota abaixo de zero. Em nações
civilizadas, estaria matriculado num curso de alfabetização de adultos. Como
isto aqui é o Brasil, o Exterminador do Plural virou Pai da Pátria Educadora.
Enquanto
coleciona títulos de doutor honoris causa, o torturador de vogais e consoantes
já assinou dois prefácios, dezenas de artigos para jornais e o Acordo da
Reforma Ortográfica. Mas vive escorregando em escolhas que desnudam o farsante.
Os olhos orientados por uma cabeça baldia, por exemplo, viram em Dilma Rousseff
uma sucessora à altura do maior dos governantes desde Tomé de Souza. Por enxergar
uma superexecutiva em quem nunca passou de nulidade sem cura, instalou no
gabinete presidencial um poste de terninho.
A
sumidade em questões energéticas confunde fusível com fuzil. Não lembra o
título nem o nome do autor do livro que jura estar lendo (e adorando).
Exprime-se num dialeto indecifrável para quem só compreende português. Como o
repertório vocabular não chega a mil palavras, platitudes de jardim de infância
e frases sem pé nem cabeça reprisam a cada duas linhas expressões já grisalhas.
“No que se refere” é a que puxa a fila. Para Dilma, qualquer irrelevância é
“muito importante”. E toda opinião divergente consegue deixá-la “estarrecida”.
Esses
defeitos de fabricação são amplamente compensados pelo título honorífico de
matar Cristina Kirchner de inveja : Mãe da Pátria Educadora. Essa
condecoração intangível lhe permite caprichar na pose de melhor da classe para
falar sobre rigorosamente tudo sem nada dizer de aproveitável. Seu problema é o
mesmo que acossa o padrinho: também a afilhada trai nas escolhas o formidável
despreparo. Os olhos obedientes ao neurônio solitário, por exemplo, enxergaram
em Cid Gomes o gênio da raça nascido para dar um jeito no sistema de ensino
público em avançado estágio de decomposição.
O
novo ministro da Educação tem tanta intimidade com o assunto quanto Lula com o
grego antigo e Dilma com a física quântica. Até agora, sua mais profunda
dissertação sobre ensino público é a que aparece no vídeo abaixo, gravado em
2011. Em menos de 40 segundos, o então governador do Ceará amparou-se numa tese
tão inventiva quanto imbecil para justificar a rejeição do reajuste salarial
reivindicado por professores da rede estadua. Confira:
“Quem
quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor,
pede demissão e vai para o ensino privado. É uma opinião minha que governador,
prefeito, presidente,deputado, senador, vereador, médico, professor, policial
devem entrar… ter como motivação para estar na vida pública amor, espírito
público. Quem tá atrás de riqueza… de… de…de dinheiro deve procurar outro
setor, não a vida pública”.
Nascido
numa família de políticos, desde a primeira fralda Cid é sustentado por quem
paga imposto. Jamais devolveu um tostão da fortuna que juntou servindo à nação
como deputado, prefeito e governador. No comando da capitania do Ceará,
transformou os cearenses em financiadores do passeio de jatinho na Europa em
companhia de parentes ─ sogra incluída ─, assessores e amigos. Logo estará
sobrevoando os céus do Brasil como passageiro da FABTur. Mas faz de conta que
aceitou a vaga no primeiro escalão por amor e espírito público. Haja cinismo.
A
Pátria Educadora abriga mais de 13 milhões de analfabetos ─ um oceano de gente
que impõe ao Brasil um desolador 8° lugar no ranking da ONU que mede a taxa de
analfabetismo em 150 países. Outros 30 milhões não sabem escrever muito mais
que o próprio nome. Metade dos alunos das universidades federais é desprovida
de raciocínio lógico. Os alunos do 1° grau aprendem que falar errado está
certo. Na prova de Redação do Enem, 500 mil estudantes foram estigmatizados com
a nota zero. Fora o resto.
Promovido
a gerente de um sistema educacional em frangalhos, o ministro engoliu sem
engasgos o corte de verbas decretado pela chefe quando ainda tentava decorar o
ramal da secretária. Logo terá provado que, no criadouro de poderosos idiotas,
o que está péssimo sempre pode piorar. Tudo somado, fica evidente que “Pátria
Educadora”, a mais recente tapeação da grife João Santana, não é slogan, nem
lema, muito menos bandeira desfraldada pelo novo governo.
É
só mais um escárnio gerado pelo cruzamento de uma cabeça baldia com um neurônio
solitário.
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