Mal de alzheimer na visão espírita
14 Fevereiro 2015
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O mal de “Alzheimer”, assim chamado por ter
sido descrito, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois
Alzheimer, é uma doença degenerativa com profundas causas espirituais.
À semelhança de outras
patologias psiquiátricas – diria, com maior propriedade, espirituais! –, como,
por exemplo, a esquizofrenia, o mal de “Alzheimer”, cujo gene desencadeante,
mais cedo ou tarde, a Ciência terminará por descobrir, tem no espírito a sua
origem.
Ousaria dizer, nesta rápida
análise, que a referida enfermidade, que, sem dúvida, vem, dia a dia, crescendo
nas estatísticas médicas, longe de ser causa de prejuízo para o espírito
reencarnado, surge justamente em seu auxílio, neste período decisivo para todos
os que se encontram vinculados à Evolução do planeta.
Não mais se constitui em
novidade para os estudiosos do Espiritismo que muitos, de alguns lustros para
cá, estão tendo as suas últimas oportunidades sobre a Terra, aonde vem
ocorrendo o mesmo fenômeno que provocou em Capela o êxodo de milhões e milhões
de espíritos recalcitrantes.
Em maioria, as vítimas do
“Alzheimer” são espíritos vitimados por processos de “auto-obsessão”,
necessitados de ajuste com a consciência em níveis que nos escapam a qualquer
tentativa de apreciação imediata.
Não fosse assim, não se
justificaria que o espírito reencarnado, por vezes, permanecesse no corpo com
as suas faculdades intelectuais suspensas por tempo indeterminado – muitos
enfrentam tal prova por mais de 10, 15 ou 20 anos! –, quais mortos-vivos cuja
existência carnal parece ter perdido o sentido.
Não vamos aqui trazer à baila a
questão das provas compartilhadas com os seus demais familiares consanguíneos,
mesmo porque, infelizmente, tais familiares (existem exceções) costumam se
livrar dos parentes atacados pelo “Alzheimer”, confiando-os aos cuidados de uma
clínica ou, simplesmente, trancafiando-os num dos cômodos isolados da casa,
insensibilizando-se.
O objetivo, porém, destas nossas
considerações, que muitos amigos vêm nos solicitando, é dizer que o doente,
total ou parcialmente, desmemoriado, está entregue a si mesmo para um ajuste de
contas com o cristalizado personalismo de outras eras – às vezes, não tão
distante assim –, com o seu despotismo inconsciente, com o seu excessivo
moralismo…
Temos, neste Outro Lado da Vida,
tido a oportunidade de acompanhar a muitos que se retiram do corpo, pela
desencarnação, que, sem que sejam considerados insanos, se mostram
completamente alheios a si mesmos, esquecidos do que foram e do que são, à
mercê de reencarnações à distância das situações sócio-econômico-culturais,
inclusive religiosas, em que se perderam do Cristo!
Estes espíritos, por ação da
Misericórdia Divina, mergulhados num esquecimento, que não é o provocado pelo
choque biológico da reencarnação, antes que, em definitivo, entrem na lista dos
desterrados, terão oportunidade de recomeçar alhures, com a mente não mais
obsessivamente fixada nas ideias equivocadas que vêm ruminando a muitas
existências, vivendo num círculo vicioso difícil de ser rompido.
Portanto, a nosso ver, o
“Alzheimer”, é uma doença auxiliar do espírito, que se, aparentemente, o
desmorona intelectualmente, o faz ressurgir dos escombros de si mesmo com uma
nova perspectiva existencial – bênção diante do qual alguns lustros de
alienação do espírito, mergulhado em semelhante processo de “reconstrução
íntima”, nada significam!
INÁCIO FERREIRA
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