O país começa a pagar o preço da eleição de Eduardo Cunha para Presidência da Câmara. E o preço será muito caro.
O
país começa a pagar o preço da eleição de Eduardo Cunha para Presidência da
Câmara. E o preço será muito caro.
Pouquíssimas
nomeações foram feitas na Esplanada dos ministérios. As edições do Diário
Oficial saíram magérrimas no primeiro mês do governo Dilma II. Agora vai
deslanchar. Dilma vai ter que pagara a conta da derrota do PT para Eduardo
Cunha na presidência da Câmara. O preço não será baixo. O país que se prepare,
pois fisiologismo como veremos jamais existiu.
(Estadão)
Depois de sofrer a primeira derrota política do segundo mandato, a presidente
Dilma Rousseff iniciou um movimento para reconstruir pontes com o PMDB e a base
aliada do governo no Congresso. Antes mesmo do resultado da eleição que levou à
presidência da Câmara o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ministros do PT
entraram em campo para propor um "pacto de governabilidade" ao antigo
desafeto.
Dilma
acompanhou a disputa do Palácio da Alvorada e almoçou com os ministros Aloizio
Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Pepe Vargas (Relações
Institucionais) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência). A
presidente deu carta branca para a aproximação com Cunha e o vice Michel Temer
(PMDB) foi acionado para ajudar nesse movimento.
"Não
acredito que Eduardo Cunha vá agir como inimigo. Durante o processo eleitoral,
ele rompeu alguns cercadinhos que eu não rompi, mas ninguém pode sentar na
cadeira de presidente da Câmara e virar oposição", afirmou o deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP), que perdeu a eleição para Cunha. O petista admitiu,
porém, que a partir de agora o governo fica "no limite da
instabilidade" na Câmara. "Não se pode, depois da eleição, ser sangue
para todo o lado. Vamos apostar no diálogo para garantir a
governabilidade", emendou José Guimarães (PT-CE), um dos coordenadores da
campanha de Chinaglia.
Pauta.
A derrota do petista é preocupante para Dilma porque expôs a
insatisfação dos deputados com o Planalto e com o PT, além de escancarar a
fragilidade da articulação política com o Congresso. No Senado, o governo
comemorou a recondução de Renan Calheiros (PMDB) à presidência da Casa e
acredita que, apesar de dividido, o PMDB ali não dará dor de cabeça porque é
mais fácil a "repactuação".
O
temor do Planalto e da cúpula do PT, agora, é com a inclusão de uma "pauta
bomba" na Câmara, com projetos que aumentem as despesas do governo, em
tempos de dificuldades na economia. Não é só: Cunha também já prometeu apoiar
uma nova CPI sobre corrupção na Petrobrás.
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