Fetos
fazem caretas quando as mães fumam, aponta estudo
Por meio de ecografias 4D, pesquisa de universidades inglesas
pretende incentivar gestantes a abandonarem tabagismo
RIO — Uma pesquisa das universidades de Durham e Lancaster, na
Inglaterra, mostrou que os fetos de grávidas fumantes fazem muitos movimentos
com a boca e com as mãos (colocadas sobre os rostos), quando comparados com os
filhos das grávidas que não fumam. Através da ecografia 4D (ultrassonografia em
quatro dimensões), é possível notar as caretas dos pequenos.
Das pacientes analisadas, quatro fumavam uma média de 14 cigarros por dia. Estudando os exames nas 24ª, 28ª, 32ª e 36ª semanas de gestação, Reissland constatou que a taxa de movimentos com a boca e o próprio toque era consideravelmente maior nos fetos destas mães.
No Brasil, recomendações do Ministério da Saúde advertem que o tabagismo em gestantes aumenta o risco de um nascimento prematuro, problemas respiratórios para a criança e até de aborto espontâneo. Pesquisadores acreditam que mostrar os efeitos do tabagismo em bebês ainda no útero pode encorajar as futuras mães a largarem o cigarro.
A médica pretende expandir a pesquisa inicial para um projeto maior, para verificar se os bebês gerados por mães fumantes podem sofrer um atraso no desenvolvimento do sistema nervoso central. "É necessário um estudo maior para confirmar estes resultados e investigar efeitos específicos, incluindo a interação entre o estresse materno e o tabaco", acrescentou.
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