Paradoxo da normalidade
Primeiramente temos que entender o que seria a palavra
normal conforme a nossa língua, segundo o dicionário online temos que:
adj. De
acordo com a norma, com a regra; comum.
Química Diz-se de uma solução que serve para dosagens e contém uma valência-grama por litro.
Matemática Linha normal, linha que passa pelo ponto de tangência e é perpendicular à tangente de uma curva ou ao plano tangente de uma superfície.
Escola normal, escola destinada a formar professores primários.
S.f. Matemática Reta perpendicular: a normal a um ponto de um plano.
Normal a uma curva em um ponto, perpendicular tangente nesse ponto.
Normal a uma superfície em um ponto, reta perpendicular ao plano tangente nesse ponto.
Química Diz-se de uma solução que serve para dosagens e contém uma valência-grama por litro.
Matemática Linha normal, linha que passa pelo ponto de tangência e é perpendicular à tangente de uma curva ou ao plano tangente de uma superfície.
Escola normal, escola destinada a formar professores primários.
S.f. Matemática Reta perpendicular: a normal a um ponto de um plano.
Normal a uma curva em um ponto, perpendicular tangente nesse ponto.
Normal a uma superfície em um ponto, reta perpendicular ao plano tangente nesse ponto.
Portanto, sabemos que para sociedade ser ‘normal’ é ser como
a maioria das pessoas, mas isso pode haver uma grande variação. Hoje temos uma
visão tão distorcida da normalidade que as pessoas começam a ter orgulho de ser
diferente.
Eu como descendente de japoneses, em um país miscigenado que
se julgam brasileiros, já sofri também todo tipo de discriminação e
brincadeiras, não por isso me acho a minoria ou a classe oprimida. O mais
incrível é ser chamado de japonês a vida toda aqui no Brasil, sendo que eu
realmente pertenço a minoria, ou seja, não é normal. Mas o que acontece se eu
for no Japão?
Bem, quando cheguei lá, por incrível que pareça, era normal
ser japonês, era tão normal ser japonês que eu não era japonês! Passei a vida
toda sendo chamado de ‘japa’ no Brasil e quando finalmente vou conhecer a minha
terra de origem, sou brasileiro. Alias, nunca me senti tão brasileiro, pois por
mais que conhecemos e recebemos a criação de descendentes, nascemos, vivemos e
crescemos no Brasil, portanto, brasileiros. A diferença cultural é realmente
gritante.
Aqui no Brasil, existem associação de japoneses, onde passei
minha adolescência nela, então era estranho quando tinha alguém que não era
descendente. Acho que por isso as pessoas de diferentes classes, credos, cor,
etc. Tendem a ficar mais juntos, talvez
para se sentir mais normal. Infelizmente afrodescendente s e orientais não tem
como esconder suas origens...
Creio que o preconceito esta no gene do ser humano, como uma
proteção, ou seja, ter medo de tudo que seja diferente. Isso pode servir
realmente de proteção, mas também faz com que a pessoa deixe de expandir seus
horizontes.
As pessoas reagem de forma muito diferenciadas quando estão
com medo, elas simplesmente podem fugir, outras ficam apreensivas e as piores
ficam agressivas, mas simplesmente por que tem medo. Um velho ditado chinês diz
que o ‘cão ladra não por coragem e sim por medo’. Umas sentem tanto medo ou
aversão que esquecem que um dia já foram humanos. Isso acontece também com o
oprimido, que pode ter exatamente as mesmas características do opressor,
gerando caos na sociedade.
Outro dia dei um exemplo, imagine um ser humano que adora
cebola, sei que são poucos, mas esta pessoa, tem que mostrar que gosta de
cebola, então ela sai na rua e fica comendo a cebola em público e muitas vezes
faz questão de dar umas baforadas nas pessoas ao redor só para mostrar quanto a
cebola é gosta e boa para ele.
Creio que todos podem visualizar diversos casos semelhantes
a gostos, escolhas e diversos preconceitos que vemos por ai. No caso da cebola,
a pessoa pode sofrer ainda uma resposta agressiva, mas irá causa diferentes
reações nas pessoas. Assim como qualquer outro tipo de ‘anormalidade’.
Será que só por que gostamos de algo ou somos diferentes
temos que provar que realmente somos diferentes?
Será que ao notar uma pessoa diferente do ‘meu’ padrão devo discriminar?
Creio que estamos esquecendo que no fundo somos todos humanos
e vivemos em uma sociedade. Podemos aprender com o outro ou simplesmente
ignorá-lo.
Abraços fraternos!
H.K.Mohri
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