OS NOVOS HIPPIES DO
SÉCULO 21 NÃO NECESSITAM DE DROGAS
Eles fazem
yoga, buscam comidas naturais e orgânicas, fazem a cabeça com meditação e
música e não buscam alterar a consciência através de drogas psicodélicas como a
geração hippie de 70. Esses são os novos hippies identificados por Steve Schapiro no seu livro Bliss: Transformational Festivals
& the Neo Hippie.
Schapiro,
80, viajou pelo EUA com seu filho Teófilo Donoghue, 32, por eventos
como Rainbow Gathering,
Electric Forest, and Burning Man entre
2012 e 2014 e descobriu uma subcultura nesses grupos mais interessados
em meditação e uma vida saudável do que
em fixações psicodélicas de seus antecessores.
“É uma atitude totalmente
nova. Há muito menos de um estresse sobre drogas psicodélicas. O que vimos foi
que as pessoas buscam entrar em um estado de felicidade verdadeira através
da meditação e dança”. disse Schapiro.
No Brasil, vemos
também uma nova geração de hippies que buscam acessar estados elevados
de consciênciaatravés do contato com a natureza,
aprofundamento em meditação, aproximação com culturas milenares focadas
na disciplina e eliminação do ego como hinduísmo e budismo, engajamento em
causas sociais, preservação da natureza, utilização de energias alternativas,
veganismo entre diversas outras novas tendências desses novos hippies que só
visualmente se parecem com os hippies de 70, mas a consciência
é outra.
Drogas
psicodélicas estão sendo consideradas por essa nova geração como um empecilho a
própria liberdade.
A consequência do uso de
qualquer substância que altere estados de consciência leva a dependência
física e psicológica a médio/longo prazo, entrando em contradição direta com
uma cultura que preza pela liberdade. Como ser livre, se sou dependente?
Atualmente,
muitos festivais e reuniões desses novos hippies são proibidos drogas, álcool e
qualquer tipo de substância que tire a percepção do momento.
Esses
eventos é uma espécie de grande reunião familiar onde estão reunido
idosos, crianças, adultos e jovens.
Ecovilas
Muitos
desses novos hippies se reúnem em ecovilas para viverem de maneira
sustentável, em comunidade e sempre há uma vertente espiritual que
os mantém ligados e dita a ética dentro dessas comunidades.
Nessas
ecovilas se praticam técnicas avançadas de permacultura, cultivos orgânicos,
atividades em grupo, construção das próprias casas com materiais recicláveis,
manutenção das áreas comuns, escolas com metologia focada na criatividade das
crianças e jovens, reutilização de águas da chuva e práticas espirituais como
yoga, meditação, tai chi são comuns nesses grupos.
Quem são esses novos hippies ?
Se engana
quem imagina que esses
novos hippies estão girando por aí sem um destino. Na realidade essa nova
geração de novos hippies estão questionando o status quo de
viver na cidade, trabalhar para consumir e consumir para
trabalhar, se prender a uma prestação de um pequeno apartamento por 30 anos
numa grande cidade, ter um custo altíssimo de vida para manter carro,
prestações, escola dos filhos e estarem infelizes mesmo com todo seus esforços
para serem felizes.
Estão
questionando se vale a pena ficar preso a um emprego que não gostam pelo
dinheiro no fim do mês. Esses novos hippies são pessoas estudadas,
que muitas vezes atingiram estágios altos na sociedade de consumo e
simplesmente se encontram infelizes, com uma falta de sentido profundo na vida.
Muitos
resolvem dar um basta a essa corrida maluca e se reposicionam
perante a vida.
Refazem
planos, refazem expectativas, se aproximam de grupos
conscienciais, começam a praticar meditação, yoga e outras práticas holísticas,
reposicionam seus padrões de consumo, buscam a simplicidade voluntária e
umsentido profundo para a
vida.
Muitos
largam tudo, juntam a família, vendem coisas e refazem suas vidas em alguma cidadezinha
do interior com menos necessidades e mais sentido.
Esses são os
novos hippies, pessoas comuns que se cansaram da corrida
de ratos e perceberam a farsa de um sistema criado para
gerar cada vez mais necessidades e nos fazer acreditar que se atingirmos o
Estágio X estaremos felizes e plenos.
É mentira,
não estaremos!
Comentários
Postar um comentário