Mesmo os organismos internacionais ligados às diretrizes mais conservadoras, no continente, expressam preocupação quanto aos destinos políticos do Brasil. Ciente do extremismo que tenta dominar a sociedade brasileira, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, defendeu a continuação da Operação Lava Jato , mas alerta que nenhum magistrado está acima da lei que deve aplicar e da Constituição, que dá garantias ao seu trabalho. Ele não cita um juiz, especificamente, mas afirma ser “imperativo” o avanço das investigações, dentro dos princípios legais. A OEA é uma das instâncias diplomáticas que reúne representantes de todos os países da região, à exceção de Cuba, e mantém-se alinhado, historicamente, aos interesses de Washington.
Segundo Almagro, o Estado de Direito requer que todos sejam “responsáveis e iguais perante a lei”.
— A democracia não pode ser vítima do oportunismo, mas deve ser sustentada pelo poder das ideias e da ética — afirmou.
O representante da OEA também saiu em defesa da presidenta Dilma Rousseff e criticou as tentativas de tirá-la do cargo sem fundamento jurídico, como o processo de impedimento iniciado na Câmara dos Deputados. Almagro afirma que o mandato deve ser garantido, de acordo com a Constituição e as leis, por todos os poderes do governo e todas as instituições do país.
— Qualquer deterioração da sua autoridade deve ser evitada, de onde quer que venha — disse, em outra alusão ao grampo no telefone da Presidência da República e do ex-presidente Lula.
Almagro reiterou, durante a conversa com jornalistas, que mantém “grande respeito” pela presidenta Dilma e assegura que ela demonstra um claro compromisso com a transparência institucional e a defesa dos ganhos sociais alcançados pelo país.
— Neste momento, a sua coragem e honestidade são ferramentas essenciais para a preservação e o fortalecimento do Estado de Direito — concluiu.
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