Emprego na crise: 8 dicas para pedir vagas pelas redes sociais

Emprego na crise: 8 dicas para pedir vagas pelas redes sociais

Se o chefe não for conhecido, melhor caminho pode ser a indicação.
Prefira o LinkedIn a outras redes de relacionamento pessoal.

Taís LaportaDo G1, em São Paulo 05/08/2016 10h36 - Atualizado em 05/08/2016 10h36
Abordar profissionais nas redes sociais para pedir um emprego é uma atitude arriscada. A aproximação, se for descuidada, pode passar uma primeira impressão ruim ou até de invasão de privacidade. Fora o LinkedIn, as redes de relacionamento costumam ser espaços para a vida pessoal.

A rede social mais adequada para fazer este contato é o próprio LinkedIn, por ser uma rede social apenas profissional, orienta Ricardo Karpat, especialista em RH da Gabor Recursos Humanos. Neste caso, ele sugere que primeiro se adicione o profissional (em geral um gestor, como um gerente, supervisor ou diretor da empresa) e esperar sua autorização do convite.

“Se a pessoa não responder, nem tente um segundo contato. Pode soar invasivo, especialmente quando não há vagas em aberto”, alerta Karpat. Caso o convite seja aceito, aí sim é oportuno enviar uma mensagem se apresentando e demonstrando o interesse em uma futura oportunidade.

Se o profissional não for encontrado pelo LinkedIn, mas for localizado em outras redes sociais, é preciso ter cautela com a abordagem.

Carmen Silvia Neves Carvalho, professora de marketing pessoal e gestão de carreira listou alguns cuidados a serem tomados antes de contatar o profissional:

Qual seu grau de relacionamento com esse "chefe"? Nenhum? Então pense que talvez o melhor caminho seja a indicação de um amigo em comum como ponte nesse relacionamento. O ato de abordar alguém que você não conhece e pedir uma vaga logo de cara pode soar como desespero e, dependendo da forma como for feito, antiético.

Se você já conhece o chefe em questão, sonde a vaga e demonstre interesse. Peça esclarecimentos sobre a melhor forma de proceder a partir do seu desejo de concorrer à vaga. Coloque-se de forma educada e profissional, evitando intimidades e confusão entre os papéis de amigo e de possível colaborador.

As redes sociais são excelentes formas de construção de networking desde que haja espaço para isso. O Linkedin é indicado para recrutamentos e para contatos em busca de colocação no mercado. Utilize-o de forma ética e faça conexões como redes dos segmentos de interesse. Compartilhe textos interessantes, crie conteúdos de relevância em suas páginas sociais para ser visto como um potencial colaborador.

Pense antes de compartilhar textos que sejam pejorativos, que demonstrem imaturidade emocional e intelectual ou ataques pessoais. Veja suas redes sociais como uma grande outdoor de sua marca pessoal. Cuide de sua imagem, das fotos que posta e dos conteúdos que publica em suas páginas.

Nunca aborde um chefe de modo intempestivo, fazendo-se notar pelo exagero. Demonstre sempre educação e parcimônia. Não há nada mais desagradável que sentir-se invadido por um desconhecido em busca desesperada de emprego. Isso poderá vender uma imagem negativa e desvalorizada de seu potencial.

Os e-mails de contato profissionais devem ser acionados em caso de interesse em uma vaga oferecida por uma empresa. As redes sociais são um canal possível caso o interessado não tenha acesso direto ao email.



É mais educado, relevante e ético perguntar qual o procedimento a ser cumprido por você para concorrer à vaga do que pedir a vaga, de modo intimista e, por vezes, desconcertante para ambas as partes envolvidas.





Mantenha contato com potenciais empregadores e profissionais de seu segmento de mercado, mas faça-se notar pela presença profissional, e mostre-se pela publicação e compartilhamento de informações interessantes que enalteçam sua marca e sua trajetória profissional e pessoal. Crie oportunidades de ser visto como alguém confiável, íntegro e ponderado em suas ações sociais, pois isso tudo diz mais de você que seu currículo.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2016/08/emprego-na-crise-8-dicas-para-pedir-vagas-pelas-redes-sociais.html